Na crise dos combustíveis, só um ganhador
Por Cida Damasco Do Estadão Por várias vezes, o ex-ministro Henrique Meirelles repetiu que sairia do ministério para se candidatar à Presidência da República porque considerava sua missão cumprida. Caberia ao sucessor escolhido por ele se manter na mesma linha até o final do governo e não “abrir a guarda” para as pressões que viriam com o aquecimento da campanha eleitoral. Pelo visto, Meirelles não imaginava que a missão viraria uma série e teria pelo menos uma segunda temporada. O enfraquecimento da retomada, a turbulência nos mercados e agora a crise dos combustíveis põem à mostra o quanto ainda há e haverá de obstáculos a serem vencidos até Temer entregar o cargo. Claro que despreparo para enfrentar crises não é propriedade exclusiva do atual governo. Ainda mais no caso dos combustíveis, cujo impacto no dia a dia da população é tão amplo e os interesses envolvidos tão decisivos, além de muitas vezes conflitantes. Com uma alta da gasolina e do diesel de respectivamente