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Odebrecht corrompeu de Temer a Vado da Farmácia

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Por  ALEX SOLNIK E a gente achando que a Odebrecht ganhava contratos por causa de sua expertise e de sua capacitação técnica, tecnologia de ponta, portfolio, etc. Éramos mesmo uns ingênuos imaginando que a maior empreiteira do Brasil e uma das maiores da América Latina ganhava o pão de cada dia com o suor do rosto e a consciência do dever cumprido. Mas, não. A Odebrecht cresceu porque investiu em corrupção. Não era uma atividade marginal. Esse foi seu grande investimento. Cresceu comprando políticos de todo o Brasil, dos mais graduados aos mais mequetrefes. De Temer a Vado da Farmácia. Cresceu comprando leis. Investiu mais em corrupção do que em tecnologia. É o que estamos vendo agora. Os gráficos mostram. Desde que a empreiteira criou o Departamento de Propina e tudo passou a ser contabilizado como em toda organização moderna o investimento em corrupção cresceu de 60 milhões de dólares por ano em 2006 para 730 milhões de dólares por ano em 2012. Se cresceu mais

Carne fraca. Polícia fraca. Governo fraco

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Por  ALEX SOLNIK * Até sexta-feria passada eu costumava comprar carne numa lojinha da Swift que abriu aqui perto de casa. Vivia lotada. Além da variedade de produtos, tinha preços atraentes. Mais barato que nos supermercados ou açougues. No dia seguinte ao escândalo, o movimento da lojinha caiu. Eu fiquei na dúvida. Compro ou não compro? Será que o preço baixo tinha alguma relação com a falta de qualidade ou não? Se até agora nem eu nem ninguém da minha família passamos mal por causa das carnes que comprei lá isso quer dizer que não tem problema? Ou será que pode dar algum problema a longo prazo, ainda imperceptível? Pensando isso e aquilo eu diminuí o consumo de carne essa semana e duvido que não tenha acontecido isso com muitos brasileiros. Principalmente porque não temos informações confiáveis. Não sabemos até que ponto a Polícia Federal exagerou na divulgação de detalhes como papelão na salsicha e maquiagem de carne vencida. Temos que arriscar. Ou paramos de comer

Movimento Derruba Temer é amplo, geral e irrestrito

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Por ALEX SOLNIK Sem charme, sem carisma, nenhum apoio popular, sem ibope na Globo nem na Veja, sem unanimidade nos partidos da base, propostas estapafúrdias, nenhuma ideia de como sair da crise, convenhamos: está fácil derrubar Temer. Quem vai sentir sua falta? Quem vai chorar por ele? Quem vai sair em passeata por ele? Quem vai salvá-lo? Geddel? Jucá? Padilha? Atire a primeira pedra quem nunca pecou ali. Todos aqueles movimentos de direita queriam derrubar a Dilma, queriam acabar com o PT. Só isso. E conseguiram. Ninguém ali era a favor de Temer exatamente. E continua não sendo. Há vários sinais de que a queda pode estar próxima e o Brasil reviver os anos que se seguiram ao suicídio de Getúlio Vargas quando, entre a sua morte, em 24 de agosto de 1954 e a posse de Juscelino Kubitcheck, a 31 de janeiro de 1956, o país amargou dois anos de instabilidade política, tendo sido governado por três presidentes: Café Filho, Carlos Luz e Nereu Ramos. Nenhum país funciona direito c

Se segura, Temer!, por ALEX SOLNIK*

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Primeiramente veio à luz a delação bombástica de Delcídio do Amaral. Segundamente, está em gestação a delação premiada de Marcelo Odebrecht. Mas nenhuma delas tem o poder de destruição da delação premiada de Eduardo Cunha. Depois de afundar o governo Dilma, ele está com a faca e o queijo na mão para destruir o governo Temer. Quando foi cassado, pôs a culpa em Temer. É quem vai culpar agora pela prisão. E quem pensa assim não tem o menor problema em contar algumas verdades sobre o presidente, alguns de seus ministros e do presidente do Senado que poderão livrá-lo de longos anos de pena numa penitenciária abominável. O que deverá pesar na sua decisão de delatar é também a situação da mulher e da filha. Agora sozinhas correm o risco de também embarcarem para Curitiba. A delação de Cunha deverá ser duplamente impactante para ser trocada por sua liberdade (com tornozeleira) e a de sua mulher (idem). Imagino a estupefação das autoridades mundo afora

Edir Macedo descalço no Planalto

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Por ALEX SOLNIK* Perguntaram a Boris Casoy se aceitaria voltar a trabalhar na TV Record. "Enquanto for controlada pela Igreja Universal, não. A Igreja Universal tem um projeto de poder com o qual não quero colaborar". Na Folha de hoje. O primeiro namoro do fundador da Iurd, Edir Macedo com o mundo político deu-se na campanha de Fernando Collor à presidência da República, em 1989. Collor procurava cooptar o "bispo" já então um grande cabo eleitoral, que, no entanto, fugia aos acenos. Em dado momento, eles sentaram para conversar. O diálogo ocorreu na Casa da Dinda, segundo testemunhas. O candidato perguntou claramente a Edir o que ele queria em troca de seu valioso apoio. "Quero fazer a missa da sua posse" propôs o líder da Universal. Collor topou, mas às vésperas da vitória teve que contar a Macedo que não poderia cumprir a promessa. Fora, evidentemente, alertado por seus correligionários: se a cumprisse compraria uma briga

Na lógica de Moro, Temer também seria preso

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Por  Alex Solnik A barbeiragem de hoje do juiz Sérgio Moro ultrapassou qualquer limite da imaginação. Nunca antes um juiz cometeu um ato tão irresponsável: mandou prender um ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma expondo-o a um vexame nacional e internacional e logo em seguida anulou a medida por razões humanitárias. Ou seja: se ele não tivesse sido preso no hospital onde sua mulher, acometida de câncer estava prestes a ser submetida a uma cirurgia ele não teria sido solto? Afinal, havia algum motivo consistente a justificar sua prisão, ainda que por cinco horas? Segundo Moro, ele deveria ser preso temporariamente porque Eike Batista havia delatado seu pedido de 5 milhões de reais para quitar dívidas de campanha do PT, em novembro de 2012, sem apresentar uma prova sequer de que esse pedido realmente aconteceu. E disse que não cabe a ministro de estado pedir contribuições ao seu partido. Moro tem toda a razão. No entanto, a 15 de agosto último o en