Em Defesa do Direito ao Sossego dos Bilionários: Quem Disse Que Ser Rico É Fácil?

No dia 30 de outubro de 2024, a Câmara dos Deputados, com uma firme convicção de que ser bilionário no Brasil não é moleza, rejeitou a proposta de criação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). Com 262 votos contrários e apenas 136 favoráveis, o projeto que visava taxar modestamente patrimônios superiores a R$ 10 milhões foi enterrado com honras. Afinal, os magnatas brasileiros já enfrentam desafios monumentais, como a escolha do próximo destino paradisíaco para suas fortunas. Não seria justo adicionar mais um imposto para complicar a vida desses patriotas globais. Os principais argumentos contra o IGF foram enfáticos. O primeiro: a bitributação. É fato amplamente conhecido que o povo milionário já contribuiu mais do que o suficiente – e com sacrifício! – nos impostos sobre herança e sobre renda. Pedir mais? Seria um desrespeito aos abnegados contribuintes que, no auge do desprendimento, optam por poupar suas riquezas em paraísos fiscais para não onerar a pátria. Falando em paraísos ...