São Paulo condenou à morte o pintor que trocou o carro pela bicicleta

Por Leonardo Sakamoto Gilmar Mata pedalava em ciclovia pouco antes de ser atropelado. Foto: Lusimar Rodrigues/Arquivo Pessoal São Paulo não faz sentido. Não por um motorista que atropelou um ciclista, carregando-o no capô do carro por alguns quilômetros sem que parasse para prestar socorro, até que ele caísse e morresse, na região de divisa entre Osasco e a capital paulista. Não pelo pintor Gilmar Barbosa da Mata ter sido morto ao ter preferido usar a bicicleta pela primeira vez, deixando o carro em casa para ir e voltar ao trabalho, em uma cidade que não aguenta mais enxames de veículos, sua loucura e poluição. Não pelo fato de que precisou que a própria filha do motorista denunciasse o pai para que o foragido se entregasse à polícia na manhã deste sábado. Pois li e reli as notícias produzidas sobre o caso e percebi, de forma melancólica, que essa sequência de fatos bizarros, sem razão nenhuma de ser, faz parte do cotidiano de quem é morador da maior ...