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Mostrando postagens com o rótulo Amazônia

Edição de Sábado: Diplomacia com "engenho e arte"

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 Canal Meio Por Paulo Sotero* A presença do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na vigésima sétima Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas na próxima semana, no Egito, marcará o retorno do Brasil a negociações das quais se ausentou nos últimos quatro anos, numa das mais estúpidas decisões da história da diplomacia brasileira. Mas é também um acontecimento a ser celebrado, pois acontece no trigésimo aniversário da adoção da Convenção, na Rio-92. Sem o Brasil, a conversa seguiria capenga e fadada ao fracasso, já que excluiria uma das maiores potências ambientais – e aquela que, gigante por sua própria natureza, dá lastro à Convenção. A expressão “potência ambiental” foi cunhada pelo veterano diplomata Rubens Ricupero, pai do Pacto dos Países Amazônicos, ex-ministro do Meio Ambiente e da Fazenda, mentor de talentos e formulador de conceitos que abarcam os interesses permanentes da nação. Mas devagar com o andor. E cuidado com a vaidade! Cele

É possível progredir sem degradar

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Propostas como a da rede Uma Concertação pela Amazônia, que defende conciliar preservação ambiental e desenvolvimento econômico, devem ser apoiadas pela sociedade Notas&Informações, O Estado de S.Paulo O Brasil tem pela frente um desafio urgente e gigantesco: preservar a Amazônia ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento econômico da região, melhorando as condições de vida das populações locais e além. A tarefa demanda iniciativas nas mais variadas áreas e se desdobra em uma infinidade de ações. Tudo sob a sombra da escalada das mudanças climáticas e do desmonte das políticas de proteção ambiental no governo de Jair Bolsonaro. Por isso, são especialmente importantes iniciativas como a da rede Uma Concertação pela Amazônia, que formulou um modelo de governança que incentive as atividades econômicas que valorizem a floresta em pé. A ideia da rede, apresentada em parceria com o Estadão e com a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps) no dia 26 de outubro, é subsidiar auto

Lula participará da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas

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No evento, Lula irá reforçar ao mundo seu compromisso com a agenda ambiental. Reunião anual serve para governos discutirem como implementar medidas de mitigação e adaptação à mudança climática Ricardo Stuckert Compromisso ambiental: Lula participará da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas no Egito. Foto: Ricardo Stuckert O presidente eleito Lula deu a largada na reconstrução  ambiental do Brasil após a devastação promovida por Bolsonaro . Entre os dias 6 e 18 de novembro, Lula participará da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27), no Egito. Na reunião, que acontece anualmente, Lula vai integrar a comitiva do governador do Pará, Helder Barbalho, em nome do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, e aproveitará o evento para reforçar ao mundo seu compromisso com a agenda ambiental. Os governos participantes da COP vão discutir medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas com foco nos cortes de emissões de gases de efeito estufa

STF dá 5 dias para governo apresentar providências sobre desaparecimento no Amazonas

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Operação de busca por jornalista e indigenista desaparecidos na Amazônia BRASÍLIA (Reuters) – O ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de cinco dias para que o governo federal apresente um relatório detalhado com todas as providências que adotou até agora no episódio do desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira na região do Vale do Javari, na Amazônia. A decisão atende a ação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) à corte e pede, ou reitera, que a União adote “imediatamente” todas as providências cabíveis para a localização dos dois. Na decisão, Barroso afirmou que o desaparecimento de ambos é fato “público e notório”, noticiado por meios de comunicação nacionais e internacionais e que a União apresenta deficiências na proteção à vida e à saúde de indígenas em casos anteriores. O ministro do STF disse que no caso específico “há relatos de que já estão sendo adotadas providências em âmbito local”. Mas

Salles deixa rastro de “boiada”, acusações e desmatamento recorde

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Por Congresso Em Foco   Salles deixa o Ministério do Meio Ambiente pelas portas dos fundos Lula Marques Acabou, nessa quarta-feira (23), a passagem de 904 dias de Ricardo Salles pelo Ministério do Meio Ambiente. Acuado por investigações de crimes ambientais e pela condução da política ambiental no governo de Jair Bolsonaro , Salles entregou seu cargo ao presidente, que escolheu um nome ligado aos ruralistas para seu lugar. A saída de Salles foi comemorada por indígenas, parlamentares e figuras políticas de diversos espectros do país. Seu pedido de demissão encerra uma das gestões mais controversas de um ministro do Meio Ambiente. Salles atuou contra o que deveria ser prioridade da própria pasta. Abaixo, lembramos alguns desses momentos: A boiada Ricardo Salles era secretário do Meio Ambiente em São Paulo, antes de se candidatar, sem sucesso, ao cargo de deputado federal pelo Novo, cujo candidato ao Planalto era João Amôedo. Ligado a movimentos que haviam pedido o impeachment da ex-p

Brigadistas suspendem combate a incêndios no Pantanal e Amazônia

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Ordem de parar trabalhos, a partir da meia-noite desta quinta-feira, foi encaminhada oficialmente para todas as bases de atuação PS  Philipe Santos Correio Braziliense (crédito: PrevFogo/Ibama e Policia Militar Ambiental - foto CBMS) Todos os agentes de combate a incêndio do Ibama devem parar de atuar e voltar para a base a partir desta quinta-feira (22/10). O órgão alega "indisponibilidade financeira" para fechar o mês de outubro. As informações constam em dois ofícios. A ordem é da Diretoria de Proteção Ambiental, que opera o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. Chefe do Centro Especializado Prevfogo, Ricardo Vianna Barreto assina o documento e determina "o recolhimento de todas as Brigadas de Incêndio Florestal do IBAMA para as suas respectivas Bases de origem, a partir das 00h00 (zero hora) do dia 22 de outubro de 2020, onde deverão permanecer aguardando ordens para atuação operacional em campo". Assinada na noite dessa quarta-feira (

O Pantanal queima e aumenta a pressão sobre a gestão ambiental no Brasil

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Queimadas recorde mudaram o cenário até da capital mato-grossense, a 200 quilômetros da reserva, com o tradicional céu azul de Cuiabá tingido de cinza. Fogo ameaça araras-azul Seca recorde e queimadas recorde no Pantanal em 2020 afetam animais e até o céu de Cuiabá. MARCIO PIMENTA / REDUX JULIANA ARINI El País Mata Cavalo (MT) Devastação da Amazônia prejudica chuvas e ajuda Pantanal a bater recorde de queimadas Exército sabia dos pontos de maior risco de devastação da Amazônia, mas falhou no combate Brasil é o terceiro país mais letal do mundo para ativistas ambientais,  só atrás de Filipinas e Colômbia Um cheiro de mato queimado entrou pela janela da casa de Zulmira Maria Lucia, de 67 anos, residente de Mata Cavalo, comunidade quilombola, situada no Pantanal , em Mato Grosso, no oeste do Brasil. “ O fogo apareceu muito rápido e arriou todo o pasto. Perdemos tudo, a roça de banana e outras plantações”, conta Zulmira, sobre sua comunidade e as o

Salles quer mudar a meta oficial de preservação ambiental da Amazônia

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Em documento obtido pelo Estadão, o Ministério do Meio Ambiente propõe que objetivo de redução de desmate e incêndio em 90% seja desconsiderado Mateus Vargas, O Estado de S.Paulo BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , quer driblar a meta de reduzir a devastação ambiental no Brasil, em movimento rejeitado até dentro do governo, pelo Ministério da Economia . Em documento obtido pelo Estadão, a sua equipe propõe que o objetivo de diminuir o desmatamento e os incêndios ilegais em 90% em todo o País, previsto no Plano Plurianual ( PPA ) do governo até 2023, seja desconsiderado. Salles é alvo de pressão no cargo pela política ambiental do governo.  Foto: Adriano Machado/Reuters LEIA TAMBÉM 'O mundo não está nos olhando horrorizado por acaso', diz Barroso sobre desmatamento na Amazônia Em troca, defende-se a garantia de preservação de apenas uma área específica de 390 mil hectares de vegetação nativa na Amazônia por meio de um programa rec

Cacique Raoni ironiza: “Onde está o amigo de Bolsonaro, o Queiroz?”

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Em Altamira, no Pará, um dos maiores líderes indígenas do mundo responde às críticas do presidente com cobrança e faz apelo: "É a floresta que segura o mundo. Se acabarem com tudo, não é só índio que vai sofrer" O cacique Raoni, durante a entrevista, em Altamira (PA). LILO CLARETO/ISA JOANA OLIVEIRA Altamira (Pará)  El País O cacique kayapó Raoni Metuktire só fala em paz. Em Altamira, onde participa do encontro Amazônia Centro do Mundo —que reúne povos da floresta (indígenas, quilombolas e ribeirinhos), cientistas e ativistas—, um dos maiores líderes indígenas do mundo repete a mensagem que espalha há mais de cinco décadas: "Minha luta é para proteger a floresta, para que todos possamos viver em paz". Não à toa, em setembro, Raoni entrou na lista de indicados para concorrer ao Nobel da Paz e outras lideranças indígenas de todo o país iniciaram a campanha para que ele levasse o prêmio ( que acabou indo para Abiy Ahmed, primeiro-ministro da Etió