Postagens

Mostrando postagens com o rótulo crase

Crase: objeto direto, adjunto adverbial e superdica

Imagem
Por Dad Squarisi * Correio Braziliense “A crase não foi feita pra humilhar ninguém.” A frase de Ferreira Gullar fez escola. José Cândido de Carvalho adaptou-a para o sinalzinho de pontuação responsável por um mar de vítimas. “A vírgula”, escreveu ele, “não foi feita pra humilhar ninguém”. É verdade. Uma e outra têm papel definido. Contribuem para a clareza da mensagem. Dois casos servem de exemplo. Um Circula na internet uma brincadeirinha divertida. Ela joga com os diferentes sentidos decorrentes da presença ou da ausência da crase. Veja: Se você me desse a tarde, eu alegremente a trocaria por uma crase. Do jeito que está,  a tarde  funciona como objeto direto. Ela completa o sentido do verbo dar. A gente dá alguma coisa — dinheiro, presente, boa notícia. No caso, a pessoa dá a parte do dia em que o Sol começa a voltar pra casa. Belo e poético presente. Mas o receptor se dispõe a abrir mão dele. Prefere trocá-lo por algo que não está expresso, mas apenas subentendido: