Por Dário Gomes* Você acreditaria na recuperação de um detento? Alguém acreditou. Era um preso, escravo fugitivo, encerrado em uma prisão porque havia substituído alguns pertences de seu senhor, desacreditado de sua sociedade, ali estava porque merecia, se alguém o via, com certeza lhe dizia: Bem feito, nunca mais irás roubar. Com certeza morreria na prisão, pois quem advogaria a causa de alguém que não tinha com que pagar a defesa de um processo, e quem se importaria por alguém tão medíocre e vil. Seu nome: Onésimo. Mas um dia chega naquela mesma prisão outro homem, acusado de seguir a uma certa seita chamada de “Os nazarenos” popularmente conhecidos pelo nome de “cristãos”, estava ali porque teria uma audiência com o Imperador Romano , tudo em favor de sua defesa, era um romano, teria direito a advogado, não podia ser condenado se não houvesse acusação formal, era poliglota, teólogo formado aos pés de um dos maiores mestres de sua época, não roubara, não era um f...