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Morre Dad Squarisi, editora de Opinião do Correio, aos 77 anos

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Escritora, professora de português e jornalista, Dad Squarisi ensinou gerações a escreverem e a se comunicarem melhor, além de cativar a todos com textos, aulas e palestras MN  Mariana Niederauer Correio Braziliense Dad Abi Chahine Squarisi nasceu em Beirute, capital do Líbano, em 1946  (crédito: Lanna Silveira/Esp. CB/D.A Press) Morreu, nesta quinta-feira (10/8), em Brasília, a escritora, professora de português e jornalista Dad Squarisi, aos 77 anos. Ela não resistiu às complicações de um câncer. Referência na língua portuguesa e no jornalismo, Dad adotou o Brasil e Brasília como lar, e ensinou gerações a escreverem e a se comunicarem melhor, com a generosidade e a destreza características dos maiores mestres. Dad Abi Chahine Squarisi nasceu em Chekka, no Líbano, em 1946. A família se mudou para o Brasil depois de o pai sair derrotado da luta pela independência libanesa. Antes disso, Dad morou em países como França, Espanha e Argentina, o que lhe permitiu aprender diversas línguas. A

Crase: objeto direto, adjunto adverbial e superdica

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Por Dad Squarisi * Correio Braziliense “A crase não foi feita pra humilhar ninguém.” A frase de Ferreira Gullar fez escola. José Cândido de Carvalho adaptou-a para o sinalzinho de pontuação responsável por um mar de vítimas. “A vírgula”, escreveu ele, “não foi feita pra humilhar ninguém”. É verdade. Uma e outra têm papel definido. Contribuem para a clareza da mensagem. Dois casos servem de exemplo. Um Circula na internet uma brincadeirinha divertida. Ela joga com os diferentes sentidos decorrentes da presença ou da ausência da crase. Veja: Se você me desse a tarde, eu alegremente a trocaria por uma crase. Do jeito que está,  a tarde  funciona como objeto direto. Ela completa o sentido do verbo dar. A gente dá alguma coisa — dinheiro, presente, boa notícia. No caso, a pessoa dá a parte do dia em que o Sol começa a voltar pra casa. Belo e poético presente. Mas o receptor se dispõe a abrir mão dele. Prefere trocá-lo por algo que não está expresso, mas apenas subentendido: