STF acerta ao começar a limitar tentações autoritárias da Lava Jato
Por KENNEDY ALENCAR "Fundação Dallagnol" passou dos limites legais Em mais um placar apertado, 6 a 5, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que crimes conexos aos delitos eleitorais devem continuar a ser julgados em conjunto pela Justiça especial. Ou seja, como já prevê a lei, a Justiça Eleitoral apreciará casos em que há, por exemplo, crimes de corrupção e lavagem de dinheiro somados a delitos eleitorais. O STF sofreu forte pressão política da Lava Jato. A resposta mais dura veio do ministro Gilmar Mendes, acusando procuradores da República num voto para lá de duro. “Cretinos” foi o xingamento mais leve. O ministro disse que procuradores atacam ministros de tribunais superiores para atuar fora do Estado democrático de direito, comparando-os a milicianos. Ontem, o Supremo decidiu corretamente. Todo poder em excesso corrompe. Quem pode mudar a lei é o Congresso, não mais uma “interpretação” do STF sob forte pressão da manipulação da opinião pública pela Lava