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Ditadura nunca mais: governo Lula retoma Comissão de Anistia

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“Essa história precisa ser recontada para que atrocidades não se repitam”, disse o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, na cerimônia de recriação da comissão, às vésperas do aniversário da ditadura militar A Comissão de Anista retoma para nos lembrar do poder da democracia  (Imagem: Evandro Teixeira - Site do PT) Há quase seis décadas, o Brasil mergulhava em um tenebroso período de trevas quando, no dia 31 de março de 1964, os militares deram um golpe de Estado para calar a democracia do país. Passados 38 anos desde a redemocratização, os brasileiros encontram-se novamente com a sua história. Nesta quinta-feira (30), o governo Lula trouxe de volta a Comissão de Anistia, um instrumento fundamental para a compreensão do passado e construção da nossa cidadania. A cerimônia de reabertura do colegiado foi conduzida pelo ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, às vésperas do trágico dia que escureceu o Brasil. Na sessão solene, homenagens aos brasileiro

‘Vai trazer do túmulo?’, diz Mourão sobre investigar crimes de tortura na ditadura

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Vice-presidente reage com ironia ao ser questionado sobre novas revelações de crimes ocorridos durante a ditadura militar Eduardo Gayer, O Estado de S.Paulo BRASÍLIA – O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) reagiu com ironia e risadas ao ser questionado sobre a possibilidade de se apurar os crimes ocorridos nos porões da ditadura militar após a revelação de áudios de sessões do Superior Tribunal Militar (STM) com relatos de tortura durante o regime . “Apurar o quê? Os caras já morreram tudo, pô. Vai trazer os caras do túmulo de volta?”, declarou, rindo, o general da reserva na chegada ao Palácio do Planalto. As mais de 10 mil horas de gravação, analisadas pelo historiador Carlos Fico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e pelo advogado criminalista e pesquisador Fernando Fernandes relatam, por exemplo, a tortura de uma mulher grávida que sofreu aborto após ser submetida a choques elétricos pelos agentes da ditadura. Os áudios foram revelados pela jornalista Mi

MINISTÉRIO DA DEFESA DIVULGA NOTA DE SAUDAÇÃO AO GOLPE DE 1964

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O ministro da Defesa, general Braga Netto Agência Brasil  CONGRESSO EM FOCO O Ministério da Defesa publicou uma nota oficial, nesta quarta-feira (30), em que celebra os 58 anos da instalação do regime ditatorial instalado no Brasil em 1964 e que perdurou até o ano de 1985. A data, em tese, seria comemorada nesta quinta-feira (31). “O Movimento de 31 de março de 1964 é um marco histórico da evolução política brasileira, pois refletiu os anseios e as aspirações da população da época”, diz início do trecho, ao se esquivar dos presos políticos, torturas, casos de corrupção e crise inflacionária que atingiu em cheio o regime em seu desfecho. “Analisar e compreender um fato ocorrido há mais de meio século, com isenção e honestidade de propósito, requer o aprofundamento sobre o que a sociedade vivenciava naquele momento. A história não pode ser reescrita, em mero ato de revisionismo, sem a devida contextualização”, diz outro trecho da nota, que é assinada pelo ministro da Defesa, Braga Netto

Milícias: sua origem e ascensão como poder paralelo no Brasil

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Esquadrões da morte utilizam a violência armada para controlar regiões e disputar território com facções criminosas POR WENDER STARLLES Guia do Estudante Cena do filme Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro com a ação das milícias nos morros do Rio de Janeiro Tropa de Elite 2/Divulgação Os primeiros grupos de milícias formados por policiais militares e outros agentes de segurança pública que se têm registro no Brasil, foram criados durante a ditadura militar (1964-1985). Eles tinham como justificativa o combate ao avanço do crime organizado e do tráfico de drogas nas grandes metrópoles. A história de como essas organizações surgiram e se tornaram uma força que domina o Rio de Janeiro é contada no livro República das Milícias: Dos Esquadrões da Morte à Era Bolsonarista , de Bruno Paes Manso, jornalista e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP . Na época, os núcleos urbanos, em expansão acelerada e crescente desigualdade social, começavam a enfrentar uma série de prob

GOVERNADORES APOIAM CONGRESSO APÓS ATAQUE DE BOLSONARO

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Presidente discursou para militantes que defendiam o fechamento do Parlamento e falou em basta para a "velha política" Thiago Herdy ÉPOCA Presidente Jair Bolsonaro discursou em manifestação que apoiou o AI-5  Foto: EVARISTO SA / AFP Governadores de 20 estados divulgaram na noite deste domingo uma carta aberta em apoio à atuação dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), numa reação aos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Parlamento. Para os líderes estaduais, as declarações “afrontam princípios democráticos” que fundamentam a nação brasileira. Neste domingo, Bolsonaro discursou para militantes que defendiam o fechamento do Congresso e o retorno do Ato Institucional Nº 5, uma regra baixada durante a ditadura militar. O presidente também disse que era preciso dar um basta à “velha política” e que não estaria mais disposto a dialogar com o Congresso. “Não queremos negociar nada”, discursou.

Bolsonaro ataca pai de Michele Bachelet, morto pela ditadura chilena

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Presidente se manifestou por meio do Twitter, após Comissária da ONU apontar redução do espaço à democracia no Brasil, além de aumento da letalidade policial Estado de Minas (foto: FABRICE COFFRINI / AFP) O presidente Jair Bolsonaro atacou o pai de Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para direitos humanos e ex-presidente do Chile. Ele foi morto pela ditadura chilena em 1974.  Publicada nas redes sociais na manhã desta quarta-feira (4), a crítica foi uma resposta à entrevista concedida por Bachelet em Genebra, na qual ela afirma que o Brasil sofre uma "redução do espaço democrático", sobretudo com ataques contra defensores da natureza e dos direitos humanos. "Michelle Bachelet, seguindo a linha do Macron em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares", escreveu o presidente.  "Diz a

Mensagem de Agassiz Almeida a Felipe Santa Cruz, Presidente da OAB Nacional

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No momento em que o inconsequente e cúmplice da tortura investido de mandatário da nação vomita baba do ódio na memória de Fernando Santa Cruz, assassinado por sicários nos porões da ditadura militar e o seu corpo lançado no desconhecido; um jovem que jamais torceu o caminho que traçou para si nem cedeu a tentações indignas, patenteio a você, Felipe, a minha solidariedade carregada de indignação.  Da vida arrancaram os algozes da tirania militar, não apenas um jovem idealista, mas imensos sonhos de nossa geração que não temia enfrentar uma ditadura sanguinária, cujos crimes de lesa-humanidade ensanguentam a história do país.  Enquanto isto, o falastrão do Planalto, perdido nas futilidades de cadeiras de bebê e normas de trânsito, desconhece a visão daqueles que marcaram a vida com grandeza.  Em alguns momentos, vem-me à mente um sociopata trombeteando entre um hospício e uma escola infantil.  Ao lado de Fernando Santa Cruz, comunguei os mesmos sonhos e abracei os mes

Morre, aos 105 anos, Elzita Santa Cruz, símbolo de resistência à ditadura

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Diario de Pernambuco Ela nunca desistiu de procurar notícias sobre o paradeiro do filho.  Foto: Alcione Ferreira DPD.A Press Faleceu, na madrugada desta terça (25), aos 105 anos, Elzita Santa Cruz, mãe do desaparecido político Fernando Augusto Santa Cruz e do vereador de Olinda, Marcelo Santa Cruz. Nascida em Água Preta, interior de Pernambuco, era símbolo de luta  pelo movimento democrático no país. Foi incansável na busca por notícias do filho, que desapareceu no Carnaval de 1974, aos 26 anos de idade, no Rio de Janeiro, a caminho de um encontro com ativistas da Ação Popular Marxista- Leninista. Outros dois de seus dez filhos, Marcelo e Rosalina, também foram perseguidos pela ditadura. O velório de dona Elzita será realizado na Câmara Municipal de Olinda, a partir das 15 horas.O corpo será cremado nesta quarta (26), em cerimônia provavelmente restrita à família. Dona Zita, como era chamada, iniciou sua saga por prisões, quartéis e órgãos de repressão à procura dos

Paulo Câmara: “O mal que a ditadura fez ao País não pode voltar a acontecer”

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Governador homenageou, na manhã desta segunda-feira, a memória do Padre Henrique, morto durante o regime militar Nesta segunda-feira (27.05), data em que o desaparecimento do padre Antônio Henrique Pereira Neto - conhecido como Padre Henrique - completa 50 anos, o governador Paulo Câmara participou da homenagem realizada na Catedral da Sé, em Olinda, local onde os restos mortais do religioso estão sepultados. “Braço direito” do então arcebispo Dom Helder Câmara no período inicial da ditadura militar em Pernambuco, Padre Henrique foi sequestrado, torturado e morto no Recife. Seu assassinato foi uma represália direta ao arcebispo, que era visto como um dos maiores líderes brasileiros da resistência ao golpe militar. Segundo o chefe do Executivo estadual, a homenagem é uma forma de mostrar às novas gerações a verdade, para estimular as reflexões necessárias sobre aquele período. “Precisamos nos lembrar das pessoas que atuaram contra a ditadura, e do mal que ela fez ao nosso P

'55 anos é pouco para esquecer', diz mulher que foi torturada quando era criança pela ditadura militar

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Iracema foi levada por militares quando tinha cerca de 11 anos junto com a mãe, que é considerada desaparecida política. Livro do jornalista Eduardo Reina revela casos de 19 crianças sequestradas pela ditadura. Por Marina Pinhoni, G1 SP — São Paulo Iracema não sabe dizer ao certo em que ano nasceu. Ainda hoje, com idade estimada em 65 anos, ela luta para recuperar sua história, que foi interrompida no início da ditadura militar no Brasil. Em 1964, Iracema tinha cerca de 11 anos quando foi presa e torturada junto com sua mãe, uma professora militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Machucada, Iracema foi abandonada sozinha em uma praça no Recife, em Pernambuco. Nunca mais viu sua mãe, que se tornou uma desaparecida política. Sem família nem documentos, até a idade adulta sua vida foi itinerante e “sem título”, como ela própria define. Por muito tempo, Iracema não se lembrava do próprio sobrenome e tinha apenas uma ideia nebulosa dos locais onde viveu antes de ser