Feliz Dia das Mães

Por Dário Gomes*
Você acreditaria na recuperação de um detento? Alguém acreditou.

Era um preso, escravo fugitivo, encerrado em uma prisão porque havia substituído alguns pertences de seu senhor, desacreditado de sua sociedade, ali estava porque merecia, se alguém o via, com certeza lhe dizia: Bem feito, nunca mais irás roubar. Com certeza morreria na prisão, pois quem advogaria a causa de alguém que não tinha com que pagar a defesa de um processo, e quem se importaria por alguém tão medíocre e vil. Seu nome: Onésimo. 

Mas um dia chega naquela mesma prisão outro homem, acusado de seguir a uma certa seita chamada de “Os nazarenos” popularmente conhecidos pelo nome de “cristãos”, estava ali porque teria uma audiência com o Imperador Romano , tudo em favor de sua defesa, era um romano, teria direito a advogado, não podia ser condenado se não houvesse acusação formal, era poliglota, teólogo formado aos pés de um dos maiores mestres de sua época, não roubara, não era um fora da lei, um evangelista nato, Paulo era seu nome. 

A partir daquele dia muitas coisas iriam acontecer, Paulo pregou o evangelho para Onésimo e este creu na mensagem de Paulo, tornando-se assim um cristão. Ainda nessa aproximação que teve com Paulo, Onésimo lhe conta toda sua história e o interessante de tudo era que Paulo conhecia muito bem o ex-patrão de Onésimo, seu mui grande e fiel amigo Filemon.

Então com seu conhecimento jurídico e profundo conhecedor dos costumes de sua época, Paulo entra naquela questão, advoga a causa e consegue a liberdade de seu companheiro de prisão e fiel cooperador na obra missionária. A única ressalva que a justiça exigia para soltar a Onésimo era a de que ele voltasse a ser escravo de Filemon. Paulo então cuida de que esse parecer seja também suprido e escreve uma carta a Filemon e nessa carta Paulo apresenta Onésimo como um verdadeiro companheiro, um homem digno de confiança e assume toda a dívida e prejuízo que Onésimo causou e pede a Filemon que o receba não mais como escravo mas como um filho, um filho gerado nas prisões.

Quantos estão distantes de seus parentes, a mercê da justiça, querendo uma única oportunidade, para mostrarem aos seus que ainda são dignos de uma misericórdia, quantos têm sido alcançados pela infinita graça de nosso Senhor Jesus Cristo e ainda na prisão professam o nome soberano daquele que mudou suas vidas.

Estima-se que mais de 30.000 presos terão a oportunidade de passarem o dia das mães com seus familiares.

Embora a sociedade fique apreensiva, esse indulto é outorgado a quem teve um bom comportamento durante o ano de 2014.

Muitos desses presos necessitam de um espaço, de um tempo para comer, sorrir, brincar e por, pelo menos 5 dias, dormir no aconchego do lar, junto com sua mãe, pai e irmãos. Outros aproveitarão para fazer aquela fuga ou mostrar que nunca mudaram. Mas mesmo assim acreditemos naqueles que se mostram arrependidos, naqueles que estão ansiosos para comer sentado à mesa com os seus, nem que seja pelo fato de ver uma mãe feliz, tendo seu filho tão querido, novamente em seus braços.

Embora a sociedade não acredite, haverá sempre uma mãe orando e crendo que Deus há de transformar o seu filho, e Deus quer que nunca desvaneçamos dessa esperança. Um abraço e . . .

Feliz Dia das mães.

*Dário Gomes de Araujo é Evangelista da Igreja Assembleia de Deus e atualmente é gestor na cidade de São José do Egito

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