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Culturas infectadas: traumas e hábitos arraigados ditam reação global à Covid-19

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Crise causada pelo novo coronavírus desencadeou diferentes reações, mas sentimentos conflituosos predominam na maior parte dos países Por Bruno Accorsi Último Segundo IG Reprodução/Finding Japan Japão não adotou medidas drásticas de quarentena, mas já começou a ser criticado A pandemia de covid-19 , declarada pela OMS no dia 11 de março, causou reações parecidas em boa parte do mundo, com transformações significativas na vida de todas as pessoas, causadas por muitas recomendações e medidas, que estão gerando uma série de reflexos no comportamento humano . Cada povo reage de uma maneira, de acordo com a cultura local e as determinações dos governantes, mas o sentimento de medo e incerteza prevalece em todos os cantos do globo. O comportamento adotado pelas pessoas nesses tempos de crise pode estar relacionado à memória coletiva adquirida ao longo da história. Na Europa, por exemplo, esse tipo de situação pode ser alinhado ao trauma da Segunda Guerra Mundial , co

PARA ALÉM DO MEDO COMO AFETO SOCIAL DOMINANTE: Crítica do filme “A Vila” (2004) de Shyamalan, com Bauman, Safatle e Spinoza

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por ACASADEVIDRO.COM Sobre o medo, pode-se sempre questionar: ele é justo e legítimo, ou seja, corresponde a um perigo real? Ou é inculcado de fora por aqueles que tem interesse em ver-nos trêmulos e acovardados? O medo pode ser aquele afeto visceral que nos toma diante de um encontro inesperado com um tigre na selva, e que nos dá o ímpeto imprescindível da fuga que pode salvar nossa vida. Mas o medo também pode ser um afeto socialmente implantado, algo a que somos condicionados pelas ideologias de nosso entorno, em especial por aqueles que querem nos vender imóveis em condomínios fechados, seguros de vida ou revólveres para defesa pessoal. Grandes pensadores e críticos de nosso contexto contemporâneo, como Zygmunt Bauman e Vladimir Safatle, tem destacado o quanto vivemos sob regimes sócio-políticos de cassino-capitalismo em que os mercados e Estados apostam as suas fichas no medo como afeto dominante. A insegurança pública ligada à violência urbana pode servir para um