Análise: Ninguém foi mais eclético que Jô Soares
O apresentador estava internado no Hospital Sírio Libanês e morreu na madrugada desta sexta; a causa da morte não foi divulgada Luiz Zanin Oricchio, O Estado de S.Paulo Ninguém mais eclético que José Eugênio Soares, o Jô , nascido no Rio de Janeiro em 1938. Humorista, claro, mas também apresentador e entrevistador de talento, ator, cineasta (de um único filme), escritor, artista plástico, músico. Jô brincava nas onze - como se diz no jargão futebolístico. E, como entende de tudo, fazia de suas entrevistas diálogos com os entrevistados. Como se fossem conversas de bar. Não chamava ninguém de senhor e provoca uma intimidade instantânea, o que pode ser intimidante para gente mais travada. Perguntava e comentava no mesmo nível dos entrevistados. A piada recorrente, é que fala mais do que eles. Maldade. Acontece que estamos acostumados com entrevistadores passivos e submissos e Jô de fato sempre teve algo a dizer sobre qualquer assunto. Sua cultura era vasta e seu interesse, universal. Deve...