TIJOLOS DE UMA MORADA, por Paulo Lima
Dr. Paulo Lima* Esses dias tenho pensado mais que costumeiramente sobre alguns aspectos da vida, não sei bem porque. E certamente não é porque um ano terminou e outro está começando que estes pensamentos têm chegado à minha mente, com certa frequência, pois, para mim, este fato não causa grandes alterações emocionais. Ao meu sentir, é mais uma folhinha que viramos no calendário da vida. Acredito que sãos os anos já vividos que começam a pesar sobre os meus ombros, já que, faz algum tempo, ultrapassei os degraus da subida e começo a descer à passos lentos, felizmente, rumo ao ocaso. Assim é a vida: um caminhar constante e inarredável em direção a um destino inexorável, que, sabemos nos espera adiante, mas que, inconscientemente, torcemos para que o final desta viagem seja o mais demorado possível. As vezes penso que a vida é como uma morada. A gente nasce, cresce e quando nos entendemos por gente, como se diz no popular, começa a crescer dentro de nós um sentimento, um