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O governador que vê a democracia em risco

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O POVO | Cenário | À frente do Maranhão desde 2015, o ex-juiz federal Flávio Dino admite risco de ruptura institucional. Porém, acredita que as forças democráticas têm força para evitá-la Flávio Dino, governador do Maranhão.  (Fotos: Deísa Garcêz/Especial para O Povo)  Eleito e reeleito governador do Maranhão, sempre no primeiro turno, o advogado Flávio Dino de Castro e Costa precisou derrotar uma das oligarquias mais resistentes do País para comandar a política em seu estado. Filiado ao PCdoB, ex-juiz federal por 12 anos, acompanha com grande apreensão o quadro de crise política e não descarta, até, uma ruptura institucional. Mesmo que demonstre-se otimista com a capacidade de resistência que considere existir nas forças democráticas. Crítico firme do governo de Jair Bolsonaro, reconhece, por outro lado, que até hoje, em pouco mais de seis meses de convivência, não foi vítima de discriminação ou retaliação, embora se queixe da falta de resultado prático dos diálog

Bolsonaro ameaça democracia; Mourão e Heleno minimizam

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Divisionista e autoritária, fala é a mais grave já feita no cargo KENNEDY ALENCAR  São Paulo Em pouco mais de dois meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro fez ontem uma clara ameaça à democracia. Durante cerimônia militar do 211º aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, no Rio de Janeiro, ele disse que a democracia e a liberdade no país dependiam do desejo das Forças Armadas. “A missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia. E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Força Armada assim o quer”, afirmou o presidente. É lamentável que dois generais da reserva, o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro do Gabinete Institucional, Augusto Heleno, tenham que vir a público minimizar uma fala do presidente que é divisionista, autoritária e uma evid

NOVO POPULISMO. BREVE HISTÓRIA DE UMA MIXÓRDIA IDEOLÓGICA

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Dos Estados Unidos de Donald Trump à Itália de Salvini, do Brasil de Jair Bolsonaro, o novo protagonista no mundo das ideologias políticas é o populismo. As ideias sobre as quais ele se assenta, no entanto, estão longe de ser novas: seu espectro ronda pelos meandros da história há séculos. Por: Equipe Oásis Tomemos três exemplos de lideranças políticas que mais recentemente ascenderam ao poder em seus países: o presidente americano Donald Trump (o da política da “America First”), o líder do Partido Trabalhista inglês Jeremy Corbyn (cuja última campanha eleitoral teve mais de 90 comícios que pareciam mega shows de rock and roll), o presidente filipino Rodrigo Duterte (o da quase oficialização em seu país de esquadrões da morte treinados para a execução sumária de bandidos e traficantes). Apesar de seus diferentes estilos de liderança e ideologias, os três foram descritos por analistas políticos como populistas. Só isso já bastaria para percebermos o tamanho da barafunda ide

O inverno chegou

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Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil : Jair Bolsonaro foi eleito, cumpra-se a vontade da maioria, regra de ouro da democracia, apesar dos vícios do processo, do uso de armas novas e letais que vêm corroendo a democracia mundo afora.  Mas ninguém se iluda, um tempo de sombras chegou. Se, como candidato, ele disse coisas tão terríveis, que poderiam lhe tirar votos, por que deixará de praticá-las no poder?  O governo em si é uma incógnita, pois o cheque foi assinado em branco, mas haverá perseguição, revanchismo e repressão, pois haverá também resistência. Exílios e prisões, como ele prometeu. Bolsonaro venceu, sem enganar ninguém sobre seu desapreço pela democracia e sobre a radicalização neoliberal que seu governo trará. Não escondeu sua boçalidade e seu desprezo pelos valores humanistas.  Proclama “Deus acima de todos” mas contraria, com a pregação do ódio, o primeiro mandamento cristão, “amai-vos uns aos outros”.  Venceu porque foi nele que a maioria viu a

HUMBERTO: APOIO DOS GOVERNADORES MOSTRA DIMENSÃO POLÍTICA DE LULA

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Pernambuco 247 - Líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) entende que a carta enviada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por governadores do Nordeste é simbólica porque agrega políticos de diversas filiações partidárias e denuncia a sanha persecutória contra o principal nome do PT. "Desde sábado, Lula deixou de ser apenas uma liderança injustamente perseguida e se tornou preso político. O primeiro desde o Regime Militar. É natural que quem defende a democracia se manifeste. As ações em favor do ex-presidente seguem crescendo no Brasil e no mundo. Essa corrente de ódio que se espalhou pelo Brasil não vai conseguir deter a esperança", afirmou o senador. Os gestores, que haviam se programado para visitar pessoalmente o ex-presidente, foram impedidos por Sérgio Moro de encontrar com Lula, que desde sábado (7) só conseguiu receber a visita dos seus advogados. Os governadores escreveram uma carta em que reforçam o apoio ao ex-presidente. "Estive

Betinho Gomes realiza evento para deixar clara insatisfação no PSDB de Pernambuco

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Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados Do Blog de Jamildo Nesta segunda, às 15h30, o deputado federal Betinho Gomes fará uma reunião com militantes dos variados segmentos do partido e mais lideranças de diretórios municipais. O encontro será na sede do PSDB, no Derby, na rua Viscondessa do Livramento, 226. Em pauta, o lançamento de um manifesto, defendendo mais democracia interna no partido, entre outros assuntos. Recado direto e claro para o ministro de Cidades do governo Temer, Bruno Araújo. O ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, pai de Betinho Gomes, reclama desde o ano passado que um acordo interno não foi respeitado para que ele sucedesse o deputado estadual Antônio Moraes, atual presidente do PSDB em Pernambuco. Moraes é ligado ao deputado federal Bruno Araujo, um dos coordenadores do projeto de oposição a Paulo Câmara (PSB). No domingo, em Canhotinho, Bruno Araújo disse que o diálogo é o caminho para a afinação das forças que já se posicionar

‘GOLPE DE ESTADO ESTÁ EM CURSO’, ALERTA ANDRÉ SINGER

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Para o cientista político e professor da USP, a crise política não acabou com a queda de Dilma Rousseff, ampliando ainda mais os riscos de o campo popular ser alijado da disputa eleitoral em 2018, colocando o país no caminho para o estado de suspensão dos direitos; "Estamos em uma situação intermediária, que oscila entre a plenitude democrática e surtos de exceção", avalia André Singer Por Lilian Milena , do Jornal GGN – O golpe parlamentar que derrubou a presidente Dilma pode estar gerando um novo golpe, desta vez do próprio Estado brasileiro. A análise é do cientista político e professor titular da USP, André Singer, feita durante sua participação na segunda rodada do Ciclo Pensando a Democracia, a República e o Estado de Direito no Brasil, realizada segunda-feira (24) em São Paulo. Sua tese está fundamentada no enfraquecimento das forças do campo popular, exatamente como ocorreu antes do golpe de 1964. "Há uma semelhança tão grande entre o que aconteceu e

O que está em jogo com as 10 medidas

Por Henrique Cartaxo, no site Jornalistas Livres : Em Março de 2015, já em resposta às manifestações contra seu governo, Dilma Rousseff apresentou um pacote de medidas de combate à corrupção que incluíam criminalização do caixa 2 e do enriquecimento ilícito, exigência de ficha limpa para todos os servidores públicos e confisco e alienação de bens oriundos de corrupção. O pacote teve pouca atenção da mídia e uma das primeiras atitudes do governo Temer foi retirá-lo do regime de urgência na tramitação, o que garantiria que ele seria votado no congresso, em favor das famigeradas 10 medidas protocoladas pelo Ministério Público Federal um ano depois, em Março de 2016. Nesta semana tivemos no congresso nacional a apreciação e votação da proposta do MPF. O pacote que será encaminhado ao Senado contém, entre outros pontos, a criminalização do caixa 2, da compra e venda de votos e a transformação da corrupção em crime hediondo (algo que também foi proposto por Dilma Rousseff em 2013).