"Lembranças", por Dário Gomes.

 Foto: Blog dos Mosqueteiros

Ora, o mais dos atos de Ezequias, e todo o seu poder, e como fez a piscina e o aqueduto, e como fez vir a água à cidade, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?  E Ezequias dormiu com seus pais; e Manassés, seu filho, reinou em seu lugar.  II Reis 20:20-21

Também conhecida como “descanso eterno”, a morte é um dos maiores mistérios da humanidade, a Palavra de Deus a considera como o ultimo inimigo a ser aniquilado e é o resultado do  castigo em função do pecado adâmico.

Temida por uns, terrível para outros, assombrosa para muitos, mas inevitavelmente todos havemos de passar por essa experiência, e quem por ela passa não volta para nos contar como foi.

A morte é o cessar da vida terrena, a vida e a morte não se misturam na mesma essência, assim como as trevas é a ausência da luz, ou um ou outro, da mesma forma que a luz, as trevas só podem aparecer onde cessa a luz, havendo um, o outro até então, não aparece, havendo vida, a morte aguarda pacientemente que ela se vá , para poder ser notada.

Mas a morte não é o fim, como muitos pensam, pois após a morte ficarão as lembranças, os homens sepultam corpos de pessoas, mas nunca conseguirão sepultar as histórias dessas pessoas, sejam elas de grande influencia social ou não, sejam boas ou más, seja por muitos ou pouco tempo de vida, não importa, cada ser que nasce neste mundo trás em si, uma história, uma história que é gerada pela existência da vida que, por pouco ou muito tempo atuou naquele corpo.

Lembro-me de uma mãe que nos contou de uma gravidez que teve e que no dia que estava no hospital para ter o seu bebê foi lhe informado que a criança já estava em óbito desde algumas  horas antes do parto e ela nos contava a história de sua gravidez, a espera pelo filho amado, e por fim o trágico desfecho, seu bebê  não chegou a ter vida fora do ventre , mas teve uma história ainda no ventre, história essa  que a aflita mãe contará , enquanto vida tiver, e a passará a todos que quiserem ouvir o desabafo de uma mãe que ainda hoje chora a morte de um filho tão esperado. A história nunca morre e os fatos ocorridos não se podem apagar.

A morte não é o fim, apenas é o cessar das atividades aqui na terra, mas a memória, essa ficará na mente das pessoas que cercaram aquele que da vida se vai. Se a pessoa nunca fez nada, será lembrado como assim foi  na vida, e aquele outro que era muito aperreado? Ainda outro que era insuportável? Talvez nos lembremos ainda de outro que era tão amoroso, ou outro que gostava de doar bens aos necessitados ou ainda do ganancioso que só pensava em dinheiro ou do soberbo que só queria ser melhor que quaisquer um, são memórias que nunca se apagarão, sejam nos livros, nos jornais, nos blogs, na imprensa, ou mesmo na cabeça dos parentes e vizinhos,  a nossa  história está sendo escrita, de uma forma ou de outra.

Nós percorremos um caminho junto a muitas pessoas e quando, um dia daqui partirmos, essas pessoas se incumbirão de contar a nossa história, a história de nossa vida, nós poderemos ser sepultados, esquecidos no pó da terra, mas a nossa história permanecerá eternamente.

Que o Senhor vos abençoe.

Evang. Dário Gomes de Araujo

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