A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou ontem, após almoço com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o arcabouço fiscal a ser apresentado pelo governo vai “agradar a todos, inclusive ao mercado”. Segundo ela, o texto atende aos dois lados. “Do lado da preocupação de zerar o déficit fiscal do Brasil, a preocupação de estabilizar a dívida/PIB, mas atendendo à determinação do presidente da República: não podemos descuidar dos investimentos necessários para o Brasil voltar a crescer”, disse. (Valor) O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou, após reunião no Palácio do Planalto com Lula e vários ministros, entre eles Haddad, que a proposta será apresentada ao presidente no dia 15. Haddad já havia indicado a intenção de tornar público o novo modelo antes da próxima reunião do Copom, nos dias 21 e 22. A expectativa é de que o comitê veja o novo arcabouço como uma segurança para começar o processo de redução da taxa básica de juros. (Poder 360 e CNN Brasil) Pois é... Jantaram ontem, à noite, Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira. É o primeiro encontro de ambos desde que Lira acusou o governo de estar distraído com temas desimportantes enquanto ainda não tem base sequer para aprovar leis ordinárias, quanto mais emendas constitucionais. A conversa, que ocorreu na casa do ministro da Secretaria da Comunicação Social, Paulo Pimenta, no Lago Norte, contou ainda com o também ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o líder do PT na Câmara, José Guimarães, e a primeira-dama Janja da Silva. (Metrópoles) O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, proibiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de vender, usar ou dispor das joias presenteadas pela Arábia Saudita. A decisão é liminar e faz parte do processo do Ministério Público junto ao TCU para apurar o recebimento das peças. O ministro também determinou que Bolsonaro e seu ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque deponham sobre o caso. O ex-presidente deve informar quais presentes foram recebidos, quais estão em sua posse e qual destino planejava dar a eles. Deve esclarecer também se as joias seriam incorporadas ao acervo presidencial ou pessoal. Além disso, deve responder se houve orientação para envio de servidor federal em avião da FAB para tentar liberar os itens destinados à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro que ficaram retidos na Receita Federal. (UOL) No mesmo dia em que enviou um militar até Guarulhos para retirar as joias apreendidas, o gabinete presidencial solicitou que os itens destinados a Michelle, avaliados em R$ 16,5 milhões, fossem cadastrados no sistema federal como acervo privado. O pedido partiu da Chefia de Ajudância de Ordens da Presidência, comandada pelo tenente-coronel Mauro Cid, apesar de não caber a ele fazer esse cadastramento, mas ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica. O Palácio do Planalto não confirmou se os dados permanecem no sistema. Há informações de que podem ter sido retirados, após frustrada a tentativa final de recuperar as joias. (Estadão) O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão de Transparência e Fiscalização, disse que vai investigar a possível relação entre a venda de uma refinaria e as joias recebidas como presente do governo da Arábia Saudita pelo governo Bolsonaro. (UOL) Nas redes... A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República lançou ontem campanha publicitária sobre a declaração do Imposto de Renda. A peça postada ironiza o caso dos diamantes: “E aí, tudo joia?”, indaga o conteúdo que divulga a disponibilização do programa deste ano. (Globo) Apesar da articulação de PSOL, PSB, PDT e Rede para cassar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que colocou uma peruca e fez um discurso transfóbico no plenário da Câmara, líderes partidários afirmam que a perda de mandato é improvável. Lideranças do Centrão e da base do governo acreditam que o deputado federal mais votado de 2022 deve receber uma advertência, censura ou suspensão por sua fala no Dia Internacional da Mulher. A cassação é uma medida excepcional, que não foi usada nem em casos como o do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), preso por atacar ministros do STF e desrespeitar medidas preventivas. (Folha) A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), que é mulher trans, desafiou o bolsonarista: “Covarde. Nikolas não tem coragem de fazer aquele discurso na minha frente”. Também afirmou que cassação é pouco, pois um parlamentar não pode usar a imunidade como escudo para cometer crimes. (Metrópoles e UOL) Enquanto isso... A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que prevê o pagamento de um salário mínimo como pensão especial a filhos e outros dependentes menores de 18 anos de mulheres vítimas de feminicídio. (Agência Brasil) O governador do Acre, Gladson Cameli (PP), foi alvo da terceira fase da Operação Ptolomeu, que investiga o desvio de recursos públicos com a participação de empresas privadas. Ele é suspeito de chefiar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro no governo do estado, com pagamentos de R$ 286,6 milhões a empresas desde janeiro de 2019. A operação da Polícia Federal foi realizada em conjunto com a Procuradoria-Geral da República, Controladoria Geral da União e Receita Federal para cumprimento de 89 mandados de busca e apreensão em Acre, Goiás, Paraná, Amazonas, Rondônia, Piauí e Distrito Federal. Além de Cameli, são investigados seu pai, sua mulher, dois primos, dois tios e dois irmãos, além de outros. O Superior Tribunal de Justiça determinou o bloqueio de R$ 120 milhões de todos os suspeitos, incluindo imóveis, automóveis e uma aeronave do governador. Também bloqueou bens de 15 empresas investigadas. Cameli está proibido de contatar outros alvos da investigação e deverá entregar seu passaporte à Justiça. (Poder 360 e Folha) O juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, determinou que Eduardo Cunha entregue seis carros de luxo confiscados na Operação Lava Jato. A frota teria sido adquirida com dinheiro de propina e foi registrada em nome da empresa Jesus.com. Os veículos estavam bloqueados desde outubro de 2016 por ordem do então juiz Sérgio Moro. (UOL) Centrão em dose cavalarTony de Marco |
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