“Bancos lucram à custa da saúde de bancários e ainda escondem doenças”
por Conceição Lemes Nos seis primeiros meses de 2014, Itaú-Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – os cinco maiores atuando no País – tiveram lucro líquido de R$ 28,5 bilhões. Alta de 16,5% em relação ao mesmo período de 2013. Tamanha lucratividade é à custa das escorchantes tarifas cobradas dos clientes, diminuição de funcionários, metas abusivas para vendas de produtos e da saúde dos mais de 500 mil bancários no País. Em 2013, segundo estatísticas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), 18.671 bancários foram afastados do emprego devido a adoecimentos. Desses afastamentos, 4.589 foram por distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort), mais conhecidos no Brasil como lesões por esforços repetitivos (LER). E 5.042, por transtornos mentais e comportamentais, como ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e síndrome do pânico. De acordo com a Previdência Social, 73% dos transtornos