Lula promete debate mais incisivo e diz que polarização era inevitável

O ex-presidente também afirmou que dará espaço efetivo para mulheres e negros na política

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iG Último Segundo|

Reprodução: youtube - 03/10/2022
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O ex-presidente e candidato ao maior cargo do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , prometeu um debate mais incisivo durante campanha para o segundo turno . O petista e representantes da Coligação Brasil da Esperança concederam uma entrevista coletiva um dia depois do primeiro turno das eleições gerais .

"A gente vai aproveitar o segundo turno para fazer o debate que não foi possível fazer no primeiro turno [...] no segundo turno eu acredito que as coisas serão mais organizadas", disse o candidato do PT.

Lula também falou sobre a polarização e atacou seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL) .

"Essa polarização ela existe desde o começo do ano, ela não mudou, ninguém conseguiu evitar, por mais que se falasse em terceira via, por mais que tentassem achar candidato, por mais que se inventou candidato, ou seja, não conseguiram acabar com a polarização porque ela é real. Ela tem dois lados, um lado que defende a democracia, um estado de bem-estar social [...] e tem o outro lado, o candidato que não gosta de democracia, não gosta de cultura, não gosta de livro, prefere falar em armas, uma pessoa que não tem piedade nem compaixão da fome de 31 milhões de pessoas nesse país", declarou o petista.

O ex-presidente também afirmou que dará espaço efetivo para mulheres e negros na política, caso seja eleito.

"A sociedade brasileira vai aprender com muita rapidez a diferença entre a nossa candidatura, que defende a verdade e a democracia, o estado de bem-estar social, a participação efetiva da mulher e dos negros na política", disse Lula.

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Sobre os próximos passos, o ex-presidente da República afirmou que iniciará campanha em busca da liderança do país a partir de amanhã (04/10).

"A partir de amanhã nós já estamos em campanha. Nós ainda temos que fechar alguns acordos, nós temos que conversar com todas as pessoas que não votaram conosco no primeiro turno".

Para Lula, "agora a escolha não é ideológica, agora nós vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto, que tenham representatividade, que tenham significância política nesse país para que a gente consiga somar", afirmou o candidato do PT.

Eleições gerais

Lula terminou com 48,43% dos votos e Bolsonaro, 43,20% após mais de 99,99% dos votos apurados . Apesar de uma expectativa por parte dos petistas de uma possível vitória no primeiro turno, a eleição será decidida em 30 de outubro. O vencedor irá comandar o país por ao menos quatro anos, até o fim de 2026.

Bolsonaro começou a apuração em primeiro lugar e com uma vantagem de cerca de sete pontos sobre Lula , mas o petista virou a disputa e conseguiu terminar em primeiro com uma vantagem de mais de 6 milhões de votos.

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Ciro Gomes (PDT), que aparecia em terceiro lugar nas pesquisas, terminou em quarto, atrás da senadora Simone Tebet (MDB) , uma das surpresas do pleito. Ciro teve 3,05% dos votos e Tebet, 4,16%. Votos brancos somaram 1,59% e nulos, 2,82%.

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