José e a Ciência da Administração, por Dário Gomes*

A administração de José.

(Imagem da internet )

"Portanto, Faraó previna-se agora de um homem entendido e sábio, e o ponha sobre a terra do Egito. Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura, E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem.Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome. E esta palavra foi boa aos olhos de Faraó, e aos olhos de todos os seus servos." Gênesis 41.33-37. (Bíblia online)

            José foi filho do Patriarca Jacó, era o 10º filho de um total de 12,  cuja mãe era Raquel. Desde cedo alcançou a graça do pai, pois era de um caráter sem igual, era honesto e não pactuava os erros cometidos pelos seus irmãos, trazendo sempre relatos dos erros que estes cometiam. Odiado por seus irmãos foi vendido como escravo e levado para o Egito e lá foi trabalhar em casas de família como serviçal ou administrador caseiro. Não demorou muito para que ele mostrasse suas habilidades na condução dos bens , pois tudo que se colocava em suas mãos, Deus fazia prosperar porém, após uma série de acusações infundadas, José foi colocado em uma prisão, onde haveria de passar alguns anos. Na árdua prisão, José prosperou e passou a ser um encarregado do carcereiro obtendo a confiança deste diante dos demais. Com a idade de 30 anos foi levado à presença do Grande Faraó do Egito pois este tinha um sério problema a ser solucionado e, por orientação divina , José nos dá uma verdadeira lição sobre a gestão administrativa.

                Os conselhos de José para a  administração do Egito:

  1.  Contrate um administrador, um homem sábio e entendido e o delegue de autoridade sobre toda a terra do Egito, somente  um profissional competente pode assumir um cargo de tamanha envergadura.
  2. Estabeleça um imposto cujo valor seja de 1/5  de tudo que a terra do Egito puder produzir, ou seja, cada proprietário de terras deverá trazer aos celeiros de Faraó, 20 % de tudo que produzir.
  3. Construam-se grandes celeiros em cada cidade polo, junto as plantações e, no período das colheitas facilitará o estoques de alimentos, eliminando assim a demanda com logística, havendo um melhor controle de tudo que for produzido.
  4. Estabeleça contadores em cada armazém de estoque afim de se contabilizar todo mantimento que for estocado, para não haver perdas ou desvios, e assim Faraó também fica conhecendo o potencial de seus armazéns em provimentos.
Então o próprio Faraó designa José para essa tarefa e este passa a ser o governador de toda a terra do Egito.

As ações de José como governador:

O próprio José percorre toda a terra do Egito na sua extensão, ele não se atém atras de um birô  ou preso a um escritório somente dando ordens. Ele mesmo foi, conheceu cada cidade, cada ponto a ser explorado, estudou a geografia local, conheceu os melhores lugares para implantar os grandes celeiros, enfim foi à luta e os resultados logo começaram a surgir. 

A cada dia os celeiros iam se enchendo de alimentos  e a capacidade do Reino crescia a passos largos, assim José se preparou e preparou o Egito para enfrentar uma das mais piores fases que uma nação pode enfrentar, a seca e por conseguinte, a fome. O tempo das vacas gordas estava chegando ao fim.

Agora o tempo mudou, o que dantes era só fartura , veio a ser escasses, tudo seca, se acaba, a fome chega, a necessidade do povo bate às portas em busca de uma solução e onde encontrar alimentos?  Ouve-se a notícia: No Egito há alimentos suficiente para todos.

Então José abre as portas dos celeiros e passa a ser o maior distribuidor de alimentos  que o mundo já conheceu. O Egito, agora, vende alimentos a todas as regiões, fornecendo alimento a milhares de famílias. Os armazéns  de estoques se transformaram de armazéns de estoques a  Armazéns de distribuição, economizando assim todas as despesas com logística e, quando os compradores não tinham mais dinheiro, então o governo hipotecava suas terras, de forma que o Egito cresceu economicamente e territorialmente e se tornou ainda maior e mais forte do que dantes já era.

José nos deixa um legado muito importante: de uma vida íntegra e de um grande servo a serviço de Deus e da nação que o abraçou. 

A palavra de Deus ainda nos diz: "Cada um administre aos outros o dom como recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus ; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo". 

I Pedro 4.10, 11.

*Dário G. de Araujo é Evangelista e atualmente é gestor das Assembleias de Deus em São José do Egito- PE

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