Artesãos nos preparativos para a 25ª Fenearte, que começa nesta quarta (9); confira detalhes
Serão mais de 5 mil artesãos, expositores e empreendedores nacionais e internacionais
A Fenearte é coisa nossa, e os mais de 5 mil artesãos do Brasil e do mundo que vão expor à venda os mais diversos tipos de obras estão com os preparativos a todo vapor para a 25ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato, que começa nesta quarta-feira (9), às 14h, e vai até o dia 20 de julho, no Pernambuco Centro de Convenções, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.
O pavilhão é composto por mais de 700 espaços de comercialização, distribuídos em uma estrutura ampla e acessível, dedicada a todos os públicos, tornando ainda mais consolidada a ideia de que a Fenearte é a maior feira de artesanato da América Latina.
Quem for ao evento vai poder conferir mostras e exposições, participar de bate-papos, lançamento de livros e aproveitar uma programação dedicada a todas as idades. Serão mais de 100 atividades, entre shows, oficinas manuais, desfiles de moda e aulas de gastronomia.

Nos boxes espalhados pelo Centro de Convenções, a cultura brasileira mostra-se ainda mais forte. Pelo segundo ano, a voluntária e vendedora Leila Bonfim reúne produtos confeccionados pela Associação de Mulheres de Nazaré da Mata (Amunam), na Zona da Mata Norte do estado.
O box 410 é dedicado à vestidoterapia. São três vendedoras que integram também o maracatu rural, que inspira as confecções desse estande.
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“O nosso grupo é muito interessante, porque trata as mulheres em vulnerabilidade social e violência doméstica. Elas, inclusive, produzem esses tipos de artesanato. Simbolizando o nosso maracatu. Temos aqui estandarte, gola de parede e bonecas representando o maracatu. Nós damos oficinas para que as mulheres também possam produzir artes fora do tema, como Papai Noel, por exemplo”, contou ela.
Uma gola de parede, segundo Leila, leva até dez dias para ficar pronta. É feita com lantejoulas e forrada na chita com bordado e veludo. A peça custa R$ 250. Outras artes e os vestidos confeccionados pelo grupo estão no perfil no Instagram @ong_amunam.
Na Alameda dos Mestres, direto de Tracunhaém, também na Mata Norte, as decorações de barro do mestre Zezinho Filho integram a Fenearte desde a primeira edição. Os produtos dele variam entre R$ 200 e R$ 1.400. Todos estão no perfil oficial do meste no Instagram, @mestrezezinho.filho.
“Aqui, o público vai encontrar as pinhas alcachofra, portuguesa, nacional, além de esferas, presépios, vasos e muito mais. Vamos aguardar o pessoal que vem visitar a feira. A peça da família, por exemplo, leva um dia inteiro para ficar pronta e custa R$ 250. Esses produtos têm selo de qualidade e direitos autorais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Escola de Belas Artes. Minha expectativa é de vender tudo. Na nossa tradição, a gente vende tudo”, declarou.
“Os preços variam de R$ 10 a R$ 1.700. Aqui eu tenho rede de crochê, tapetes e passadeiras de 1,50 metro, também de crochê. Aqui eu também tenho suplar americano e também suporte para xícara, que custa R$ 110. A xícara vai de brinde. A nossa associação trabalha em regime de produção. Um suplar, por exemplo, é feito por três mãos. Duas fazem o ponto baixo (centro) e uma faz as folhas e flores pequenas”, detalhou a vendedora, que exibe os produtos no perfil no Instagram @artefio.ce.
Assim como Conceição, Eunice Rocha é artesã e vendedora. Ela participa há 10 anos da feira e é assistida pelo Programa do Artesanato Brasileiro (PAB). No box 8, ela, que vem de Macapá, capital do Amapá, vende chapéus e bolsas feitos com fibra de tururi e buruti, que variam entre R$ 50 e R$ 400.
“Eu trabalho com fibra de palmeira da região amazônica, fabricando chapéus e bolsas, que são peças maravilhosas. Tudo aqui sou eu quem fabrico. Uma bolsa fica pronta em uma semana. Esses chapéus de fibra têm durabilidade de uma vida inteira. Pode lavar, dobrar e passar que ele fica do mesmo jeito. Aqui sempre há uma surpresa, a cada edição, e eu espero que o inesperado aconteça. Esse inesperado sempre é positivo, é vender tudo”, comentou ela, que também divulga as obras no perfil no Instagram @nicefibrarts.
Gerente-geral da feira, Isaque Filho comemora o sucesso dos 25 anos e revela as novidades desta edição, que revisita a história da Fenearte.
“Preparamos uma exposição imersiva, onde o público vai entender um pouco mais dessa história tão bonita da nossa arte e do artesanato. Remodelamos completamente o mezanino e agora temos um espaço bem bacana para desfile de moda, oficina e a cozinha show. Tem muita novidade aqui. O conforto que a gente já viu, ano passado, foi ampliado no átrio e no guichê. A entrada está mais fluida, e a Alameda dos Mestres está visualmente impactante”, destacou.
Até o encerramento da feira, serão 70 apresentações de cultura popular e shows de artistas, como Devotos, Ave Sangria, Sagrama e Xangai. No dia 10, às 17h, o Conversas Instigantes estreia no Espaço Janete Costa, localizado no Átrio Fenearte, com o painel “O Brasil mostra a sua cara — 25 anos de Fenearte”.
Ao todo, o visitante conta com mais de duas dezenas de espaços, dentre eles, a Alameda dos Mestres, os salões Arte Popular Ana Holanda, Arte Popular Religiosa, Pernambuco Faz Design, Fenearte Cidadania, Praça de Sustentabilidade e Central de Reciclagem. Além de setores como Individual Pernambuco, Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), Etnias Indígenas Associações, Redes Solidárias, Prefeituras, Estados e muito mais.
- Casa do Pará (Boa Viagem, Casa Forte, Caxangá, Espinheiro, Imbiribeira, Olinda, Piedade, Pina, Porto de Galinhas e também em João Pessoa);
- Trois Barbearia (Boa Viagem, Parnamirim, shoppings Recife e RioMar, além de Caruaru).
Na Praça de Alimentação, são 14 operações com cardápios diversos; no setor de Alimentação Artesanal conta-se com 14 estandes ao longo da feira, além de 5 quiosques, quatro foodbikes e dois cafés.
Já no mezanino, o Restaurante Pernambuco à Mesa, as Caipifrutas da Oficina do Sabor, o Boteco de Cervejarias Artesanais e a Pizzaria Maker Down.
Nomes como Afro’G, Bione, Caio Lobo, Ceramiquinho, Fabio Melo, Joana Lira e Ugho integram a iniciativa que evidencia vozes e expressões da economia criativa que renovam os saberes tradicionais.
O local funciona durante o horário da feira, com capacidade para 25 crianças por vez, com inscrição no local, ingressos custam de R$ 30 (meia hora) ou R$ 60 (uma hora).
Todos os shoppings contarão com pontos de embarque e desembarque nos estacionamentos, com trajetos diários das 13h às 23h, de segunda a sexta-feira, e das 9h às 23h, aos sábados e domingos.
O valor cobrado pela empresa é de R$ 12 para a primeira hora, com acréscimo de R$ 6 por hora adicional ou fração, sendo o valor máximo a ser pago de R$ 30.
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