Empréstimos, programa de manutenção de emprego: veja plano de ação do governo contra o tarifaço
Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, o plano será apresentado ao presidente Lula na próxima segunda-feira
Por Túlio Amâncio
Band.com

Lula durante reunião ministerial no Palácio do Planalto
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Os ministérios da Indústria e Comércio, Fazenda e Relações Exteriores concluíram o plano de ação do governo federal contra o tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os produtos brasileiros.
Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, o plano será apresentado ao presidente Lula na próxima segunda-feira (28), já que ele cumpre agenda fora da capital federal nesta semana.
O plano inclui:
- possibilidades de socorro a empresas afetadas diretamente pelo tarifaço;
- empréstimos pontuais; ou
- programa de manutenção de emprego, até outros mercados serem abertos.
Técnicos dos ministérios também preparam um levantamento que mostra que a reciprocidade linear, defendida por Lula em discursos, seria ruim para a economia brasileira. Eles citam como exemplo a mineração, setor que exporta 3,5% de tudo que extrai para os Estados Unidos, mas 20% do que compra vem do país de Trump.
Além disso, o petista será alertado sobre uma possível tensão com o agronegócio e a indústria, caso aposte na reciprocidade para todos os produtos, já que grande parcela dos equipamentos e máquinas utilizadas nesses setores vêm dos Estados Unidos.
A sugestão a Lula é a aplicação de uma taxação de 30% a 50% sobre propriedade intelectual (filmes, livros, serviços de streaming, entre outros), além da quebra de patente de remédios.
Caso a taxação de 50% entre vigor, a recomendação é continuar as negociações em busca de exceções ou cotas para setores específicos. Esses e outros pontos são sugestões, a palavra final é de Lula.
O presidente já recebeu um informe sobre os produtos brasileiros que conseguiriam outros mercados de forma mais “rápida”, entre eles a carne e o petróleo.
A Petrobras já garantiu ao Ministério de Indústria e Comércio que tem outros destinos ao petróleo vendido aos Estados Unidos, caso necessário.
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