100 dias de governo: Helinho e Flávio apresentam balanço em meio a pedido de cassação

Flávio Pontes e Helinho Aragão no dia da posse
Foto- Heitor Cumaru

Por Jairo Gomes

Nesta quinta-feira (10), o governo municipal de Santa Cruz do Capibaribe chega à marca simbólica dos 100 dias de gestão, um momento tradicionalmente dedicado à apresentação de balanços, projeções e reafirmação de compromissos com a população. Eleitos com mais de 36 mil votos em outubro de 2024, Helinho Aragão (PSB) e seu vice, Flávio Pontes (PP), conduzem uma gestão que dá continuidade ao legado deixado por Fábio Aragão, tendo como lema o já conhecido "pé no acelerador".

Durante esse início de mandato, a nova gestão tem buscado manter a rotina de entregas, com destaque para investimentos em infraestrutura urbana, fortalecimento das ações nas áreas de saúde e educação, e ampliação dos programas sociais iniciados na gestão anterior. A marca da continuidade é visível não só nas ações, mas também na comunicação institucional, que mantém o discurso de unidade, progresso e celeridade administrativa.

No entanto, o clima comemorativo foi ofuscado por um fato que movimentou os bastidores políticos da cidade: o Ministério Público Eleitoral (MPE) da 109ª Zona Eleitoral pediu a cassação da chapa Helinho/Flávio.

O pedido foi formalizado pelo promotor eleitoral Iron Miranda dos Anjos, que alega abuso de poder político e econômico durante o período eleitoral. Segundo a peça apresentada, a Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe teria utilizado servidores, veículos e equipamentos públicos para realizar a limpeza de um terreno privado no bairro Rio Verde — local que posteriormente teria sido utilizado para atos de campanha da coligação. O promotor classificou a ação como "grave violação aos princípios da legalidade, isonomia eleitoral e moralidade administrativa".

Testemunhas ouvidas confirmaram que os serviços foram executados por funcionários uniformizados da prefeitura durante o expediente, e que o tipo de ação destoava das práticas rotineiras da gestão pública. O proprietário do caminhão usado no serviço, José Estevão de Lima Filho, afirmou em depoimento que o veículo estava à disposição da prefeitura.

A defesa do prefeito e do vice ainda não se manifestou publicamente sobre o pedido de cassação, mas fontes ligadas à base governista asseguram que as alegações serão contestadas em todas as instâncias cabíveis. “Temos convicção da lisura do processo eleitoral. Vamos continuar trabalhando pelo povo de Santa Cruz do Capibaribe”, afirmou, reservadamente, um aliado próximo da gestão.

Apesar do episódio, o governo não deu sinais de recuo em sua agenda. O dia de hoje deverá ser marcado por entrevistas, anúncios e visitas a obras em andamento. A expectativa é de que Helinho e Flávio utilizem a data para reforçar a confiança no projeto administrativo e reafirmar o compromisso com os próximos anos de mandato.

Assim, entre aplausos e questionamentos, a gestão inicia seu segundo trimestre sob os holofotes. E, como de costume na política taboquinha, os próximos capítulos prometem ser intensos — dentro e fora dos gabinetes.

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