Governo arrecada R$ 2,3 bilhões à vista com leilão de 12 aeroportos
Por Brasil Econômico
Leilão aconteceu nesta sexta-feira (15) e foi o primeiro realizado em blocos; concessões durarão 30 anos e preveem R$ 3,5 bilhões em melhorias.

Tânia Rêgo/Agência Brasil
12 aeroportos de três regiões brasileiras serão leiloados
nesta sexta-feira (15); concessões valerão por 30 anos
O governo federal conseguir arrecadar, À vista, R$ 2,377 bilhões com o leilão de concessão de 12 aeroportos brasileiros, que aconteceu nesta sexta-feira (15), na B3, antiga Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo.
Entre os leiloados, estão aeroportos tanto turísticos quanto de negócios e industriais de três regiões do Brasil: Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Juntos, eles respondem por 9,5% do mercado doméstico, recebendo 20 milhões de passageiros por ano, de acordo com informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Essa é a primeira vez que o leilão ocorreu pelo modelo de concessão em blocos. Ou seja: os compradores irão levá-los em conjunto, e não mais individualmente, como acontecia anteriormente.
A organização em grupos, que foi decidida pelo Programa de Parceria de Investimento (PPI), está relacionada à maior vocação de uso dos terminais: os do Nordeste para o turismo, os do Centro-Oeste para o agronegócio e os do Sudeste para atividades empresariais ligadas ao setor de energia, como petróleo e gás. Confira:
Nordeste (aeroportos turísticos):
Recife (PE);
Maceió (AL);
Aracaju (SE);
Juazeiro do Norte (CE);
João Pessoa (PB);
Campina Grande (PB).
Sudeste (aeroportos da indústria de petróleo e gás):
Vitória (ES);
Macaé (RJ).
Centro-Oeste (aeroportos do agronegócio):
Cuiabá (MT);
Sinop (MT);
Rondonópolis (MT);
Alta Floresta.
Segundo o secretário de Aviação Civil, Roney Glanzmann, é a primeira vez que o leilão de concessão acontece em blocos. “Nos unimos aeroportos mais atrativos, de maior volume de passageiro e carga, com aeroportos menores da aviação regional”, disse.
Ele também afirmou que espera que o evento seja animado. "Estamos esperando um leilão bastante competitivo, muitos operadores estrangeiros e brasileiros, todos de primeira linha que já operam grandes aeroportos pelo mundo devem participar”, explicou. "Já tem mais de um ano que estamos falando semanalmente com esses operadores estrangeiros e todos estão animados com essa modelagem de concessão do governo federal. Acreditamos que vamos atrair grandes operadores mundiais de aeroportos."
Aeroportos devem receber R$ 3,5 bilhões em melhorias

Tânia Rêgo/Agência Brasil
Aeroportos leiloados devem receber R$ 3,5 bilhões em melhorias;
taxas para os passageiros não devem aumentar
Com a privatização desses aeroportos, o governo espera que, em cada bloco, os ganhadores das concessões invistam R$ 3,5 bilhões em melhorias durante 30 anos. De acordo com a Anac , os lances mínimos iniciais serão de R$ 171 milhões para o bloco do Nordeste, R$ 47 milhões para o Sudeste e de R$ 800 mil para o do Centro Oeste, totalizando R$ 219 milhões.
Os vencedores deverão fazer, de primeira, melhorias em banheiros, sinalizações de informação, internet wi-fi gratuita, sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes e elevadores.
“Na experiência que nós temos com a concessão de aeroportos, melhora bastante a qualidade de serviço para a população. Melhora porque recebe investimento, são atraídos novos parceiros comerciais, grandes marcas de alimentação e varejo. O nível de conforto e a experiência de viagens dos passageiros têm melhorias significativas”, declarou o secretário.
Ele também ressaltou que, apesar do leilão, as concessões desses aeroportos não preveem "em hipótese alguma qualquer aumento de tarifa ou onera de qualquer jeito o passageiro. Ele vai continuar pagando a mesma taxa de embarque de que ele já paga hoje nos aeroportos operados pela Infraero”, explicou.
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