Maia descarta apoio do PT e deputados do partido se dizem surpresos

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil 
Maia descarta apoio do PT e deputados do partido se dizem surpresos



O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), descartou nesta quarta-feira (9) a possibilidade de o PT fazer parte do bloco que se une em torno de sua candidatura à reeleição.

Os deputados petistas, no entanto, se disseram surpresos com a posição de Maia, uma vez que as negociações de apoio ainda estavam em curso.

A declaração foi dada ao jornal "O Globo". O presidente da Câmara se encontrou nesta quarta com deputados do PSL preocupados com uma possível aliança do parlamentar com o PT. 

"O PSL disse que não toparia bloco com PT, apenas reafirmei isso", disse Maia à reportagem. Ele afirma, porém, que segue em negociações com outros partidos da oposição. "Não tem nada a ver com o bloco do PSB, PDT e PC do B, que também fizeram um bloco sem o PT."

Petistas dizem, porém, que o apoio ao presidente da Casa não estava descartado pelo partido, e que a declaração de Maia os pega de surpresa.



Lideranças da bancada, que é a segunda maior da Câmara, com 56 parlamentares, afirmam reservadamente que as conversas continuavam e que o presidente havia sido informado de que o partido provavelmente tomaria uma decisão na próxima segunda (14). 

Além de Maia, o partido negocia uma aproximação com outros candidatos. Principalmente Arthur Lira (PP-AL), que tenta viabilizar um bloco com o MDB em oposição à reeleição do atual presidente.

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), afirmou que não foi procurado por Maia antes que este descartasse o apoio do partido, mas que a prioridade da sigla é articular um bloco parlamentar com os partidos da oposição.

"Queremos discutir uma agenda, que é a independência do Poder Legislativo em relação ao Poder Executivo", diz.

Com 56 votos, a bancada do PT pode ajudar a definir se haverá ou não segundo turno na eleição da Câmara. Mesmo aliados de Maia dizem que, caso não decida no primeiro turno, a situação do atual presidente pode se complicar.

Isso porque há o entendimento de que outros candidatos, como Lira ou Fábio Ramalho (MDB-MG) devem redistribuir votos entre si num eventual segundo turno.

Hoje, Maia conta com o apoio de partidos do centrão como PRB, Solidariedade, PR e Podemos, além do PSL de Bolsonaro. Como a votação é secreta, no entanto, não é possível afirmar que todos os deputados destes partidos darão seus votos ao candidato escolhido pela direção da sigla. Com informações da Folhapress.

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