STF autoriza e Ricardo Salles é alvo de operação que mira exportação ilegal de madeira
Foto: Andressa Anholete/Getty Images
- Ministro do Meio Ambiente e presidente do Ibama são alvos de operação da PF que mira exportação ilegal de madeira
- Ao todo seriam 35 mandados sendo executados no DF, São Paulo e Pará
- Alexandre de Moraes, do STF, pediu afastamento preventivo do presidente do Ibama e mais 10 servidores públicos
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é alvo de uma operação nesta quarta-feira (19) que investiga exportação ilegal de madeira para Estados Unidos e Europa. Eduardo Bim, presidente do Ibama, também é alvo da ação. As informações são do Portal G1.
A ação conta com 160 policiais federais que atuam no Distrito Federal, São Paulo e Pará. Ao todo, seriam 35 mandados de busca e apreensão. O ministro do Meio Ambiente teve, ainda conforme apuração do G1, seu sigilo fiscal e bancário quebrado. Salles ainda não se pronunciou sobre a operação.
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Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), deu aval aos mandados. Além de buscas, o magistrado determinou o afastamento preventivo de dez agentes públicos que ocupavam cargos no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e no Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Criticado mundialmente por sua gestão ambiental, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) 'bancou' inúmeras vezes a permanência de Salles no Ministério do Meio Ambiente. Na operação desta quarta, não há pedido de afastamento contra Salles.
Investigação conta com auxílio de "autoridades estrangeiras"
Ministro do Meio Ambiente é um dos mais criticados do governo Bolsonaro
Foto: AP Photo/Eraldo Peres
O STF determinou também que seja suspensa imediatamente a aplicação de um despacho, de fevereiro de 2020, que autoriza a exportação de produtos florestais sem a necessidade de autorizações prévias.
"Estima-se que o referido despacho, elaborado a pedido de empresas que tiveram cargas não licenciadas apreendidas nos EUA e Europa, resultou na regularização de mais de 8 mil cargas de madeira exportadas ilegalmente entre os anos de 2019 e 2020", informou a PF ainda de acordo com o G1.
Segundo a PF, as apurações contaram com auxílio de "autoridades estrangeiras" que miravam um "possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira".
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