Temer quer dar ministério apenas depois da reforma da Previdência

Presidente pretende acertar trocas com partidos. Crédito: André Dusek/Estadão

Do Estadão

Vera Magalhães vai no ponto: 'O governo vive uma rebelião contra um ministro [Moreira Franco] descrito por pares como candidato a rei do Brasil'. Ele seria o responsável pela ideia, de difícil digestão entre integrantes do primeiro escalão, de reforma ministerial ampla antes de virar o ano.

Antecipar para dezembro a substituição de ministros prejudicaria os 'sem mandatos', como Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Eles perderiam o foro privilegiado e, caso sejam denunciados, terão de ser julgados em primeira instância.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também criticou a intenção, dizendo que atrapalharia a recuperação econômica do País e até mesmo o ambiente político para votação da Previdência. 'Olhando de longe, acho que vai é parar o governo', afirmou.

Mas Temer decidiu condicionar a nova distribuição de cadeiras aos votos dos partidos aliados. As trocas seriam acertadas agora, mas só seriam entregues após conferência do painel de votação da reforma da Previdência. O Planalto avalia que, se a Câmara não aprovar isso até o fim do ano, nada mais passará em 2018.

Embora ainda não tenha votos necessários para aprovar a mudança mais enxuta, o governo segue firme na estratégia de dividir o peso político da tarefa com os parlamentares. O que arranca críticas de Maia: 'Empurrar a responsabilidade da Previdência para o Congresso não ajuda'.

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