NOSSOS GRANDES NOMES SÃO NOSSA HISTÓRIA

Por Tony Coelho
PROMOCITÁRIOS

Estamos chegando ao nosso segundo Congresso em 2015. O live marketing é uma realidade, ainda que muitas viúvas insistam que não. Nossos profissionais e nossas ferramentas ganham, cada vez mais, espaço na verba do cliente. Mas… ainda temos muito que aprender.

A publicidade e a propaganda nos ensinam muito quando a questão é a associação e a unidade, ou quando surge a necessidade de se atualizar e viver os novos momentos de maneira inteligente. Tem mais uma coisa que invejo em PP: a capacidade e o cuidado que têm com seus grandes nomes e figuras.

Se eu, agora, perguntar a qualquer um de vocês, leitores do Promoview, o nome de grandes caras da publicidade e da propaganda, desde atendimentos, mídias, gente de planejamento, e, especialmente, criativos, tenho certeza de que a grande maioria vai sair falando nomes como Washington Olivetto, Geraldo Alonso, Júlio Ribeiro, Nizan Guanaes, Dualibi, Petit, Zaragoza (Ih, DPZ), Fabio Fernandes, Lula Vieira, Mauro Matos, Marcelo Serpa…


Mesmo se formos falar especificamente de cidades como o Rio de Janeiro e Salvador, teremos, além dos nomes já citados acima, no Rio, os de Delano D’Ávila, Marcos Silveira, Rogério Steinberg, Giovanni, Gustavo Bastos (tem outros no parágrafo acima), dentre tantos outros, e, na Bahia, terra dos homens que elegem presidentes, Geraldo Walter, Duda Mendonça, Rodrigo Sá Menezes, Sergio Guerra (Nizan tá na lista aí de cima também) etc, etc.

Se a pergunta for feita em qualquer das grandes cidades do Brasil virá a mente de cada um dos leitores da cidade nomes tão importantes para o seu mercado quanto os que citei acima para São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Se, na academia, nas universidades, a mesma pergunta for feita, a situação não vai mudar quase nada. De cada dez nomes que falarem oito ou nove serão dos caras que citei nesse texto.

Mas, se eu perguntar nomes importantes do nosso mercado – do mercado Live, que seja do marketing promocional -, a situação muda de figura.

Não apenas nas universidades, mas, pasmem, mesmo entre nossos profissionais, os nomes mais importantes da gente, que deviam ser referências de trabalho e de postura profissional, além de não serem lembrados, porque ninguém sabe mesmo, serão desconsiderados e desmerecidos.

Certa vez, fazendo um trabalho numa agência aqui do Rio, que, claro, não vou dizer o nome, ao falar com uma produtora, a respeito de quem achava interessante ser contatado quanto a um projeto cenográfico, citei Abel Gomes, ícone de nossa cenografia.

A moça respondeu com um: Quem?

Ok, ela até podia não conhecê-lo, afinal idiotice, presunção e empáfia são doenças crônicas entre nós. Então, eu, apenas para ajudar, disse: Pô, fulana, é o cara que faz a Árvore de Natal da Lagoa, o Réveillon do Rio de Janeiro e vai fazer a abertura e o encerramento das Olimpíadas do Rio.

Ela olhou pra mim, pensou um pouco, e respondeu: Mas é um desconhecido, não me diz nada, e eu prefiro trabalhar com o “fulano” – amigo dela -, porque já fiz estande com ele que é bom pra cacete.

Respondi, pedindo logo depois para trabalhar com outra produtora: O “fulano” é uma cria do Abel, aprendeu com ele. Até é bom, mas eu prefiro trabalhar com o mestre dele, por conta do tamanho do projeto que temos em mãos.

Minha chateação nem foi quanto ao fato dela não conhecer o Abel, foi quanto ao fato de ela não ter tentado saber quem é ou entender porque eu, o criativo do projeto, pedi que ele fosse contatado. Se tivesse pedido para ela falar com o Nizan, mesmo ele não sendo cenógrafo, ela não teria pensado duas vezes.

Ah! o que eu quero dizer com isso, né? Você está se perguntado, eu sei.

Quero dizer que nosso mercado não tem memória. Que não conhecemos nossos grandes nomes e profissionais, aqueles que são responsáveis por nós estarmos aqui onde estamos, que deviam, e devem, ser nossa referência para trabalhar.

Em toda profissão é assim. Um ator, um médico, um arquiteto, um publicitário se inspira nos grandes nomes de sua profissão. Não para imitá-lo, já que cada um de nós é individual, mas para seguir um princípio, não errar no que já erraram e acertar no que já acertaram, porque não dá para inventar a roda sempre.

Quando falamos de Julio Anguita, João de Simoni, Geraldo Rocha Azevedo… vocês sabem de quem estamos falando?

Nem vou longe. Nomes como José Victor Oliva, Elza Tsumori e Dil Mota, meus três ídolos e inspiração no plano nacional, ou de Gilberto Strunck, Abel Gomes, Márcia Woolf ou Péricles de Barros no plano regional. Vocês sabem de quem estou falando? Da importância de cada um deles no nosso mercado? Para mim, nem se fala.

Auli de Vito, Agnaldo Viriato, Px (Luiz Antonio Peixoto) e Julio Feijó, junto com os nomes que citei nos parágrafos de cima, estão, para nossa história, como Nizan, Olivetto, Julio Ribeiro, Marcelo Serpa, Dualibi e os outros estão para a publicidade.

A diferença é que não os reverenciamos, não os deixamos para a nossa história, não fazemos nossa história.

Como todo brasileiro, jogamos a nossa história no lixo e achamos que nós é que a escrevemos sempre.

Chacrinha, outra lenda da Comunicação, dizia: “Na televisão, nada se cria, tudo se copia.”. Pois é, velho, sábio, guerreiro, parodiando-o, posso dizer que na Comunicação também é assim.

A diferença é que, quem copia de quem sabe, já fez e virou exemplo, pode criar algo novo a partir da cópia. Já os presunçosos vão criar arapucas.

Kito Mansano vai ficar na nossa história. Muitos dos que, com ele, viveram esse momento Live, também. Não é justo que essa memória, os nomes que a compõem e seus trabalhos e obras fiquem escondidas, esquecidas ou desconhecidas. Precisamos dar-lhes espaço e vez.

Proponho que o tema do live marketing nas universidades seja: “Os grandes nomes do marketing promocional e do live marketing, histórias e cases.”

Nem preciso dizer que vou fazer aqui no Promoview isso com o honroso apoio de um dos caras que fazem parte dessa história. Vamos registrar e deixar legados.

Afinal, nossa memória tem que ser, como o que fazemos, viva, ativa e emocional. Vamos lembrar de gente que fez, faz e fará muita diferença para você, para mim, para o nosso mercado.

Aí, quando alguém te perguntar se a gente tem história, você vai poder dizer: Temos sim. A diferença é que, como o live marketing, ela não para de se reescrever na emoção das pessoas com as quais nos encontramos.

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