NEM A PAU, JUVENAL!

Dr. Paulo Lima*

Essa eu tenho que contar. Antes, porém, deixem-me registrar mais uma vez a satisfação de saber, que, apesar da torcida contra, pelos “coxinhas” do PSDB, a nossa Copa está sendo uma das mais bonitas que já houve na história das Copas! E não sou eu que estou dizendo. São os grandes jornais dos Países participantes, que estão acompanhando este grandioso evento futebolístico. E é a mais pura verdade! 

Dá gosto a gente assistir a um jogo, pois os jogadores estão, literalmente, dando o seu sangue, lutando até o fim; o que torna ainda mais belo o espetáculo. E não tem esta estória de “arrumadinho”, não senhor! Isso é conversa fiada de quem não tem mais argumentos para se contrapor ao sucesso da Copa do Mundo no Brasil, o que está nos enchendo de orgulho de ser brasileiro! Coisa de tucano, repiso. Mas vamos ao “causo”.

No dia de ontem, Janine, minha mulher, entrou numa farmácia aqui em Olinda para comprar medicamentos. Dirigindo-se ao balcão ouviu uma acalorada discussão entre os atendentes! Um dizia que estava torcendo pela Seleção dos Estados Unidos, já que não acreditava que a nossa chegasse até à final. (Na verdade o nosso time não está lá essas coisas, temos que reconhecer, mas não importa. Vamos torcendo até onde der). Já o outro dizia que preferia torcer pela França, ao que o terceiro retrucou: “Oxe! A Holanda, sim, tem muito mais time!”

De repente notaram a presença de Janine e, ao invés de perguntarem qual o medicamento que ela estava precisando, vieram com a seguinte indagação: a senhora entende alguma coisa de futebol? Mais ou menos, disse ela... E o que a senhora acha? Por qual time a gente deve torcer, caso o Brasil não chegue a final? Ela respondeu: Acho que deveríamos torcer por um país latino-americano, vocês não acham? Ao que o primeiro afirmou: eu não te disse, Mané?! Os Estados Unidos, sim, é que é o País bom prá gente torcer! Janine, com aquela paciência de Jó (a prova é que me aguenta até hoje, não sei como), tentou explicar que os Estados Unidos não são um país latino americano, nem tampouco a França e a Holanda, países europeus. 

Para tanto, afirmou, que, se um daqueles países citados chegasse à final, certamente nenhum deles torceria pela nossa seleção e, para justificar, disse, de forma simplória: vocês não sabem que os americanos não gostam de nós? Não deixam nem a gente entrar naquele País?... Todos concordaram. E ficaram em silêncio, por alguns momentos.

De repente um deles gritou: “Nem a Pau, Juvenal!”

“Eu não torço pela Argentina, de jeito nenhum! Nem que a vaca tussa! Prefiro torcer pelo Iraque! Eu não vou querer que o nosso País passe por mais esta decepção, de ver a Argentina ganhar a Copa do Mundo aqui! De jeito nenhum! Basta a decepção que a gente sofreu na Copa do Mundo de 50. Eu sei que a gente não era nem nascido, mas que foi uma vergonha, isso foi!”

É. Eu acho que eles têm um pouco de razão. Nesse caso, o jeito então é a gente apelar para um “Pai de Santo” para ver se a nossa Seleção melhora, pois do jeito que a coisa anda, só milagre, mesmo. 

Vixe! E desde quando Pai de Santo faz milagre, diria você? Bem, o Pai pode não fazer, mas o Santo faz, com certeza. E nunca é demasiado lembrar que Deus é brasileiro. É ou não é!?

Um abraço a todos.

*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador Federal.

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