Junina Gira-sol: Cinco Anos de Tradição e Cultura em Santa Cruz do Capibaribe

Neste domingo (19), a Junina Gira-sol deu início às atividades de 2025 com o primeiro ensaio do ano, marcando também a apresentação do plano de trabalho da temporada. Sob o comando de Cida Moura e sua família, a quadrilha celebra cinco anos de dedicação à cultura popular nordestina, consolidando-se como um dos principais expoentes culturais da região.

A Importância da Junina Girassol para a Cultura Local

Antônio Lindemberg, diretor da Federação de Quadrilhas Juninas de Pernambuco (Fequajupe), destacou a relevância da Gira-sol no cenário cultural do Agreste e sua projeção para todo o estado. “A Girassol, com a liderança de Cida Moura, tem feito um trabalho renovador e inspirador. Começou devagarinho e já se destacou no cenário local. Agora, com certeza, vai brilhar em Pernambuco,” afirmou.

Ele também ressaltou a parceria com o coreógrafo Ed Souza, da campeã nacional Raio do Sol, como um diferencial que elevará ainda mais o nível da quadrilha. “Esse ano de 2025 promete ser maravilhoso. Estamos trazendo para Santa Cruz grupos de fora e realizando eventos como o pré-junino, que movimenta a economia e promove a cultura,” completou.

O próprio Ed Souza, em entrevista, destacou o impacto de sua parceria com a Gira-sol e sua expectativa para o futuro: “Trabalhar com a Gira-sol é um privilégio, porque vejo aqui o compromisso com a arte e o desejo de inovar. Essa quadrilha já é um patrimônio cultural, e eu quero contribuir para que ela continue crescendo. 2025 será um ano marcante para todos nós.”

Juventude e Oportunidades na Cultura Junina

Outro ponto de destaque é o envolvimento da juventude, conforme enfatizou Lindemberg. “Você tira o jovem da ociosidade e oferece a oportunidade de ele se tornar um profissional. Muitos se tornam maquiadores, figurinistas e aderecistas. Além disso, seis meses de ensaio criam disciplina e pertencimento. A cultura junina transforma vidas e gera renda para as famílias e para as cidades,” destacou.

Já para Cida Moura, a juventude é a grande força motriz da Gira-sol. “Eles abraçam o movimento com paixão e isso nos motiva a continuar. Nosso foco é preservar as tradições e, ao mesmo tempo, profissionalizar a quadrilha, buscando inovações sem perder a essência,” declarou.

O professor Emanuel, que veio especialmente de Catende para prestigiar o ensaio da Junina Gira-sol, destacou a relevância cultural e social das quadrilhas juninas em Pernambuco. Impressionado com o trabalho liderado por Cida Moura, ele afirmou: “É um exemplo de resistência e valorização da nossa cultura nordestina. A Gira-sol tem mostrado que com união, talento e comprometimento é possível transformar sonhos em realidade e elevar o nome de Santa Cruz do Capibaribe no cenário estadual. Esse grupo tem tudo para crescer ainda mais e ser referência no Agreste e além.”

A Força da Quadrilha no Polo de Confecções

Em Santa Cruz do Capibaribe, o polo de confecções também tem um papel essencial no fortalecimento das quadrilhas. O jornalista Jairo Gomes, que acompanhou o evento, brincou: “Por falta de roupa, aqui em Santa Cruz, nunca a quadrilha vai se acabar. Aqui temos estrutura para apoiar essas manifestações culturais.”

Lindemberg complementou, apontando o impacto econômico que a cultura junina traz. “Eventos como o pré-junino movimentam bares, barracas de comidas típicas e diversos outros setores. A Fequajupe investe em cursos profissionalizantes para capacitar os participantes e elevar ainda mais o nível das apresentações,” explicou.

Professor Emanuel, da Junina Unidos da Roça

Cinco Anos de História e Renovação

Com a liderança de Cida Moura, a Junina Gira-sol celebra cinco anos de história como um exemplo de resistência cultural e inovação. Além de manter viva a tradição do São João, a quadrilha tem se consolidado como um espaço de inclusão, formação e geração de renda.

“Nosso objetivo é que a Gira-sol continue crescendo, conquistando novos espaços e representando bem nossa cidade e região. Agradeço a todos que acreditam no nosso trabalho e fazem parte dessa linda história,” concluiu Cida Moura.

O primeiro ensaio foi apenas o início de uma temporada que promete ser inesquecível para a Junina Gira-sol e para a Capital da Moda, reafirmando o compromisso com a cultura e o desenvolvimento da comunidade.

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