Ex-gestora de fundos, de Paulo Guedes, investiu 350 milhões em funerárias

Eis as perguntas que (não) precisam ser respondidas nem
 pela empresa nem pelo Posto Ipiranga


Estado de Minas

Paulo Guedes, no dia da posse como ministro
(foto: Gustavo Raniere/MF)

Em matéria publicada pelo excelente site ‘Brazil Journal’, do não menos excelente Geraldo Samor, ficamos sabendo que a gestora de fundos Crescera Capital, antes Bozano Investimentos, ex-empresa de Paulo Guedes, o Posto Ipiranga, começou a investir maciçamente no chamado ‘mercado da morte’.

Com fabuloso aporte de 350 milhões de reais no Grupo Zelo, de Belo Horizonte, a gestora passou a ser o principal investidor do grupo, que foi às compras, e hoje é o dono de 45 empresas, que vão de funerárias a cemitérios - inclusive o maior da capital mineira - passando por ‘velórios on line’.

O aporte multimilionário da ex-empresa de PG se deu em agosto do ano passado, quando o Brasil atingiu a assustadora marca de 120 mil mortos pela Covid-19. Se soubéssemos o que nos esperava, certamente cada um de nós, tendo recursos, é claro, faria a mesma aposta - hoje são 600 mil mortos.

PERGUNTAS

Obviamente, em princípio, não há nada de errado ou ilegal nessa história toda. E não há o menor indício, até o momento, da participação de Guedes na empresa. Mas não deixa de ser um fato curioso, diante de tudo o que este desgoverno vem fazendo em prol do vírus, da doença e dos óbitos.

Perguntar não ofende! Perguntar com bom humor, menos ainda. Daí, me ocorreu o seguinte: por que os ex-sócios de Guedes decidiram investir esse dinheiro todo num mercado até então por eles ignorado, justamente em um momento em que a habilidade de PG seria posta à prova?

Por que desconfiaram da capacidade do ex-parceiro em, digamos, administrar a situação de forma minimamente adequada? Ou justamente o oposto: conhecem tão bem ‘as habilidades’ de Paulo Guedes que tinham certeza de que daria tudo errado? E nem vou me atrever a fazer ilações, tipo informação privilegiada ou até conluio. Longe de mim pensar em coisas assim tão feias.

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