"Parecia que só tínhamos eleitores de Bolsonaro em Santa Cruz, e isso não é verdade", dizem organizadores do movimento contra o presidente do último final de semana.

Movimentações contaram com cerca de 500 pessoas

Jairo Cangaceiro, Gabriella Lins e Davi Procópio

Em participação no Programa Olhando de Frente desta segunda-feira (26), Gabriella Lins e Davi Procópio, organizadores dos protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) realizados no último sábado (24) em Santa Cruz do Capibaribe, comentaram um pouco sobre o movimento. A Capital das Confecções é apelidada de "Ilha Bolsonarista", pois foi o único município pernambucano onde Bolsonaro foi vitorioso nas eleições de 2018.

"Só eleitores de Bolsonaro faziam movimentações. Parecia que aqui não existia oposição a Bolsonaro, e isso não é verdade. Precisávamos mostrar que existem pessoas que são contra esse desgoverno que vem acontecendo", comentou Gabriella.

O movimento, financiado por doações de apoiadores, teve uma caminhada de 8 km com carros de som, motos e cartazes. Números apontam a participação de cerca de 500 pessoas. "Depois da pandemia e especialmente depois do início da CPI sobre a gestão do presidente em relação a ela, víamos um crescimento das críticas nas redes sociais, faltando apenas a vontade de ir para as ruas", disse Davi.

Desde o início da organização, ambos salientaram que o movimento não seria focado em bandeiras partidárias. "Independente do seu partido político ou opinião, aqueles que são contra o presidente se sentiram representados por nossa movimentação", concluiu.

Os organizadores também afirmaram que o valor doado pelos apoiadores e que não foi utilizado nas movimentações será doado para instituições de caridade. Além disso, eles continuarão na ativa até as eleições de 2022, com orientações sobre a importância do voto para pessoas que se abstém ou votam em branco, além de críticas à gestão do presidente.

Edição: Jorge Luis
Reportagem: Jairo Gomes

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