Laboratórios de Ecotecnologias de Suape profissionalizam pessoas em situação de vulnerabilidade social


A qualificação vem sendo ministrada pelo Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), que mantém convênio com a autarquia portuária

Um total de 45 estudantes do curso de agroecologia do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta) começou a ter aulas práticas nos Laboratórios Vivos de Ecotecnologias localizados no território de Suape, nesta quinta-feira (8), para qualificação profissional. Destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade social, incluindo moradores das comunidades do entorno de Suape, o curso, com duração de 18 meses, tem patrocínio da Secretaria de Educação do Estado e apoio da estatal portuária. Os participantes são de várias faixas etárias e estão sendo preparados para desenvolver atividades agroecológicas, seja para consumo próprio ou para comercialização dos alimentos, cultivados, muitas vezes, no quintal de casa.

“Estamos muito felizes com essa parceria. Os laboratórios exercem papel pedagógico de experimentação e construção de conhecimento para as famílias das comunidades, pois tudo é compartilhado e disseminado. A ideia é que aprendam as técnicas e apliquem no dia a dia, sendo protagonistas de todo o processo. É um espaço que serve de inspiração para todos os envolvidos”, afirma Carlos Cavalcanti, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape.

O curso é híbrido e as aulas teóricas acontecem de forma remota. A parte prática, que se encerra em outubro deste ano, chamada de “momento com a comunidade”, ocorre em três laboratórios implantados no território de Suape: Nova Vila Claudete, Engenho Massangana e Vila Nova Tatuoca. Em cada local, novas práticas e experiências. “O motivo de estar fazendo esse curso é para tirar o melhor proveito do laboratório. Isso é sustentabilidade e qualidade de vida, alimento saudável para a comunidade. É uma verdadeira troca de conhecimento. Estar aqui me faz muito bem”, ressalta a aluna Cléa Maria da Paz, 32 anos.

As aulas contam com moradores de diversas localidades, como Assentamento Bruno Albuquerque Maranhão, Nova Vila Claudete, Vila Nova Tatuoca, Praia de Gaibu, Assentamento Ximenes, espalhadas pelos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, no Grande Recife. “Hoje eles estão realizando atividades práticas e, ao invés de fazerem isso na sede do Serta, atuam nos laboratórios de Suape, colocando em prática o que aprenderam nas aulas teóricas. O equipamento tornou-se uma extensão da escola”, afirma Germano Barros, diretor do Serta, que é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).  

“Estamos usando tecnologias alternativas, produtos orgânicos e trazendo técnicas novas para o dia a dia, com garrafas PET, pneus e trabalhando com o social. Não é só um curso, é uma interação com as pessoas. Estou muito feliz em fazer parte de tudo isso”, pontua a aluna Ivaneide Crispim, 39.

Laboratórios - No início de 2020, Suape contratou o Serta para implementação do programa de geração de renda e segurança alimentar em comunidades consolidadas do território da estatal. O projeto resultou na implantação de 5 laboratórios de agroecologia e de 5 ecotecnologias em comunidades rurais voltados à formação de pessoas carentes. As ações são combinadas previamente, em momentos de construção coletiva entre as famílias residentes na área do complexo e as equipes de Suape e do Serta.

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