Lira vence eleição e se torna presidente da Câmara em primeiro turno

Apoiado pelo governo, ele disse que vai aumentar o peso de cada parlamentar nas decisões da casa legislativa

LC Luiz Calcagno RS Renato Souza
Correio Braziliense

(crédito: Michel Jesus/Câmara dos Deputado)

O deputado Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, venceu a disputa pela Presidência da Câmara, na noite desta segunda-feira (1º/2). Ele derrotou Baleia Rossi (MDB-SP), que era a principal aposta da oposição para impedir que um governista chegasse ao comando da Casa. Lira fica no cargo pelos próximos dois anos, ocupando a cadeira deixada por Rodrigo Maia (DEM).

A disputa estava acirrada, mas a distribuição de R$ 500 milhões em emendas pelo governo virou votos para Lira. A verba foi repassada para obras indicadas pelos parlamentares nos estados. A liberação dos recursos é obrigatória, mas pode ocorrer ao longo do ano. Essa foi a maior liberação para um mês de janeiro desde que o registro é feito.

Em seu discurso no plenário, Lira afirmou que vai elevar a gestão compartilhada, em que os demais parlamentares têm peso em todas as decisões. "Eu olho para a cadeira do presidente (da Câmara). Por acaso é um trono? Não. Há mais cadeiras. Tudo na Casa tem a marca do coletivo. Temos que tirar o poder da Presidência como foi nos últimos anos e devolver esse superpoder ao plenário", disse.

O parlamentar afirmou ainda que vai respeitar as diferenças entre os pares. "As ideologias, as diferenças ideológicas que compõem a pluralidade ideológica dessa Casa. Os de esquerda, direita e centro sempre tiveram em mim um deputado de apoio, de conversa e de cumprimento de palavra. Que a união de todos possa mais do que nunca fazer a diferença de todos os brasileiros. Eu acredito na consciência livre das mulheres dos homens de bem nessa casa, para ver uma Câmara independente, harmônica, pois o Brasil não aguenta mais acotovelamentos", completou Lira.

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