Candidato a vereador é assassinado durante live em que denunciava obra irregular

Cassio Remis

Candidato a vereador é executado enquanto denunciava obra irregular em transmissão ao vivo no Facebook. "Vieram para me agredir", disse o homem em última manifestação com vida

Cássio Remis (PSDB), candidato a vereador na cidade de Patrocínio (MG), foi assassinado a tiros enquanto fazia uma transmissão ao vivo pelo Facebook na tarde desta quinta-feira (24).

Na transmissão, Remis, ex-presidente da Câmara de Vereadores, denunciava uma suposta obra irregular de autoria da prefeitura do município mineiro quando uma caminhonete branca estacionou próximo ao candidato.

De acordo com o candidato, funcionários da Prefeitura estariam sendo usados para fazer serviços particulares em frente a uma residência que seria o comitê de campanha do atual prefeito.

“Boa tarde. Estamos aqui na avenida que está servindo para reforma e, para nossa surpresa, mas não para nossa estranheza, nós nos deparamos desde ontem com um arsenal de funcionários da Prefeitura sendo utilizados para fazer o calçamento de onde possivelmente será o comitê eleitoral do prefeito (…). Isso mesmo, funcionários da Prefeitura, maquinários da Prefeitura, com (…). Agora eu pergunto para vocês moradores dessa avenida, quantos de vocês tiveram a condição de ter esse asfaltamento aqui?”.

Antes de cortar a gravação, o candidato anuncia: “Está aqui agora o secretário que veio aqui para me agredir”. Remis então identifica o homem que estava no carro como Jorge Marra, atual secretário municipal de Obras e irmão do prefeito de Patrocínio, Deiró Marra (PSB). Logo a seguir o vídeo é interrompido.

Segundo a polícia, Jorge Marra saiu de um veículo, tomou o aparelho celular da vítima e voltou ao carro. Remis foi atrás do homem, que se dirigiu à Secretaria de Obras. Na porta do local, o candidato tentou pegar o telefone de volta, mas Marra atirou e fugiu.

Cassio Remis foi eleito vereador em 2008, e presidente da Câmara em 2013/2014. O político exerceu dois mandatos consecutivos 2009/2012 e 2013/2016.

Jorge Marra, autor do crime, permanece foragido.

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