LÍDER DO PSB LANÇA FRENTE NACIONAL EM DEFESA DO CINEMA BRASILEIRO



Diante do atual cenário de desmonte na área cultural e, em especial, no setor audiovisual, o líder do PSB na Câmara dos Deputados, deputado Tadeu Alencar, requereu, nesta terça-feira (1°), o lançamento da “Frente Parlamentar em Defesa do Cinema e do Audiovisual Brasileiros”. Tadeu é membro titular da Comissão de Cultura, presidida pela deputada Benedita da Silva (PT/RJ).

Segundo o parlamentar, a Frente objetiva abrir um canal legítimo de comunicação entre o Parlamento e os agentes envolvidos no processo de produção do cinema nacional.

"Vemos com muita preocupação o atual processo de desestruturação das políticas públicas de natureza cultural, por parte do governo federal. A extinção do Ministério da Cultura, a limitação da atuação da Agência Nacional do Cinema (Ancine) na escolha de projetos e a redução do apoio a projetos audiovisuais específicos, são ações que, certamente, provocarão a restrição de direito social constitucionalmente previsto", pondera o líder socialista.

Tadeu Alencar tem mantido diálogo constante com representantes do setor audiovisual. onde tem debatido os recentes cortes no Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), além dos ataques que o setor vem sofrendo com as ações do governo de Jair Bolsonaro.

"Nosso mandato tem se comprometido com a defesa da cultura nacional e, de maneira muito firme, contra os desmandos praticados contra o FSA, que é a principal fonte de fomento da nossa indústria cinematográfica. Portanto, esta Frente é a medida necessária no atual cenário de corrosão de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento da cultura, relegada a segundo plano por uma alegada necessidade de redução dos gastos públicos. Mas que resulta, equivocadamente, em freio ou frustração da livre manifestação de pensamento, por vezes apoiados em valores que sequer se coadunam com a diversidade da população brasileira", afirma.

MOVIMENTAÇÃO - Estudo realizado, em 2014, pela Motion Picture Association na América Latina (MPA-AL) indica que o cinema brasileiro gera mais vagas de trabalho que o turismo. Recentemente, levantamento realizado pela Agência Nacional de Cinema – Ancine - revelou que o setor gera 98.756 empregos direitos e 142.209 indiretos.

São mais 13 mil empresas que compõem esta cadeia produtiva e muitas delas desenvolvem suas atividades no modelo de produção independente, sem qualquer vínculo ou associação com empresas de serviço de radiodifusão de sons e imagens ou prestadoras de serviço de veiculação de conteúdo eletrônico. "São, portanto, veículos propulsores da diversidade de olhares da produção nacional. Não estimular essa importante cadeia produtiva é um desserviço à cultura nacional", assinalou Tadeu.

A Frente Parlamentar é, portanto, conclui o parlamentar, “ um instrumento de resistência a esse desmonte das políticas culturais, em especial as do audiovisual e um espaço de fortalecimento institucional indispensável nesse momento desafiador para o cinema e o audiovisuais brasileiros.”

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