DELATADOS! PSB USOU ATÉ ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA PARA LAVAR DINHEIRO DE PROPINAS, REVELA DELATOR DA TURBULÊNCIA SEGUNDO MATÉRIA DA "VEJA"

Do Blog da Noélia Brito

Aldo Guedes foi apontado em delação 
do empresário João Carlos Lyra, preso pela operação Turbulência,
como o "homem da mala" responsável pelo recebimento,
em dinheiro vivo, na garagem do prédio onde mora 
e por meio de empresas de fachada e de escritórios de advocacia,
das propinas cobradas pelo "Esquema do PSB".

A Revista Veja desse final de semana traz matéria bombástica sob o título "O Esquema do PSB", onde revela trechos da delação premiada celebrada, desde janeiro deste ano, entre o empresário João Carlos Lyra e o Ministério Público Federal. João Carlos foi denunciado juntamente com o senador Fernando Bezerra Coelho e o também empresário Aldo Guedes Álvaro no Inquérito 4005, que tramita perante o Supremo Tribunal Federal, por corrupção e lavagem de dinheiro no esquema que incluía, entre outros, a compra, por meio de "laranjas", do jatinho onde veio a falecer o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Segundo a Veja, João Carlos Lyra revelou em sua delação que "não operava só para Campos, mas para outros integrantes do PSB, como o senador Fernando Bezerra Coelho." Guedes, que já havia sido delatado por executivos da Odebrecht e da Camargo Correa foi apontado pelo delator João Carlos Lyra como a pessoa para quem era repassada "a propina para o esquema de Eduardo Campos" depois que ele, João Carlos Lyra a recolhia. Ainda segundo o delator, a propina para o esquema era repassada a Aldo Guedes "de várias formas - em dinheiro vivo, em contas no exterior, em serviços simulados de escritórios de advocacia" e os contatos entre ambos eram feitos "por meio de celulares pré-pagos cadastrados em nome de laranjas".

João Carlos Lyra delatou ainda a forma e o lugar onde geralmente eram feitos os repasses das propinas em dinheiro vivo: em malas e na garagem do prédio residencial onde Aldo Guedes mora.

Quanto ao jatinho Cessna, João Carlos revelou que ficou combinado "que apenas depois das eleições presidenciais seria construída uma empresa operadora de táxi aéreo para para administrar o avião" e que, enquanto isso, "o PSB, para não chamar a atenção pública bancaria oficialmente o aluguel do jatinho." João Carlos Lyra disse, ainda, que comprou o avião, mas que Aldo Guedes era uma espécie de "sócio oculto" e que a maior parte dos US$ 8 milhões empregados na compra da aeronave, que foi escolhida pessoalmente por Eduardo Campos, foi paga por meio de recursos oriundos de empresas de fachada, mas tudo isso deveria ficar escondido, afirmou o delator.

João Carlos Lyra chegou a chamar Aldo Guedes de "homem da mala". A Veja lembra que as relações de Aldo Guedes com Eduardo Campos eram muito mais que comerciais, chegando a ter laços familiares: "A relação entre os dois velhos amigos incluía laços familiares - as esposas sano parentes. Mas Aldo Guedes, segundo a investigação policial, era também o homem responsável pelo lado obscuro das ações do ex-governador do PSB.

Trechos da delação de João Carlos Lyra já haviam sido antecipadas aqui mesmo em nosso Blog e revelavam que políticos delatados pelo empresário, que se confessou uma espécie de "banco informal" da OAS, recebiam propinas de Construtoras até em shopping centens e na lanchonete "O Rei das Coxinhas" (leia em "LARANJAS" DO JATINHO DO PSB FAZEM DELAÇÃO E CONTAM QUE PAGARAM PROPINA ATÉ NO "REI DAS COXINHAS". PELO MENOS OITENTA POLÍTICOS DE PERNAMBUCO ESTARIAM CITADOS NA DELAÇÃO)

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