Humberto critica condução da crise do sistema carcerário

Líder do PT no Senado acusa o Governo Temer de ser “omisso” com o problema da segurança pública no Brasil.

Por: Márcio Didier
Do Blog da Folha


Humberto Costa é líder do PT no Senado e criticou a postura do governo na crise do sistema penitenciário
Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, pegou a crise no sistema carcerário brasileiro para fazer novas críticas ao presidente Michel Temer. Ele afirmou que as chacinas nos estados do Amazonas e de Roraima mostram que o Governo Federal tem sido “omisso” com o problema da segurança pública no Brasil.

Segundo ele, Temer e seus assessores tentaram se eximir da responsabilidade sobre o caso e tentaram culpar as próprias vítimas pelo “banho de sangue” que teve repercussão internacional.

“A gente sabe com que tipo de governo a gente está lidando por quem faz parte dele. Mesmo após toda essa barbárie, o secretário de Juventude nomeado por Temer foi aos jornais para defender que tinha que acontecer ‘uma chacina por semana’. Foram 93 mortos em seis dias. É com a pregação este discurso de ódio, que só gera mais violência e que não respeita nem mesmo a dor das famílias das pessoas assassinadas, que este governo que aí está quer disfarçar a sua responsabilidade sobre estas chacinas”, afirmou Humberto.

As declarações do secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio (PMDB), geraram repercussão negativa e o assessor peemedebista acabou demitido nesta sexta-feira (06).

O senador também classificou como “irresponsável” o fato de Temer ter negado o pedido de socorro do governo de Roraima para controlar rebeliões e briga entre facções. O pedido havia sido feito em novembro de 2016. Na madrugada desta sexta-feira (6), 33 detentos morreram assassinados dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, no estado.

Dias antes, no Amazonas, outros 60 presos foram mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). Esta foi a maior chacina em número de vítimas desde o massacre do Carandiru, em São Paulo, em 1992, quando em uma ação da polícia mais de 100 detentos acabaram assassinados. A matança em Roraima segue na sequência como o terceiro maior episódio desse tipo no País.

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