SALÁRIO EM DOSE TRIPLA

Os vencimentos de Paulo Câmara 

Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Do Jornal do Commercio 

Servidor do Tribunal de Contas do Estado e candidato a governador pelo PSB, Paulo Câmara recebeu três remunerações diferentes enquanto esteve cedido ao governo. Desde 2007, Paulo ganhou do TCE como auditor das contas públicas. Do governo, faturou como secretário e, em alguns meses, como auditor interno e conselheiro da Perpart, empresa ligada à Secretaria de Administração, pasta que comandou no início da gestão estadual.

A legislação permite o acúmulo de vencimentos desde que não ultrapasse o teto do funcionalismo público, hoje de R$ 29,4 mil mensal. Embora legal, a remuneração tripla era desconhecida até então do público.

Os portais da transparência do TCE e do governo apenas detalham a remuneração de servidores a partir de 2012. De lá para cá, em números arredondados, o salário base (sem descontos) de Paulo Câmara no TCE variou entre R$ 18,4 mil e R$ 23 mil. Na Secretaria da Fazenda, última das três pastas chefiadas por ele, o vencimento recebido foi de R$ 8.456. Na Perpart, como auditor interno, o então secretário ganhou R$ 1.860,36. E, como conselheiro da empresa, a quantia depositada foi de R$ 1.760,11.

No ano passado, quando assumiu a Prefeitura do Recife, Geraldo Julio viveu situação semelhante: por alguns meses, ganhou como auditor do TCE e prefeito. A verba do cofre da capital sofria um desconto para não rasgar o teto do funcionalismo e ser recebida sem contestação legal. A divulgação das duas fontes gerou certo desgaste e, por estar no início do mandato, Geraldo Julio preferiu abrir mão de uma delas. Se for eleito, Paulo Câmara enfrentará igual dilema.

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