Na iminência das 400 mil mortes em decorrência da pandemia, CPI da Covid dá primeiros passos
Na iminência das 400 mil mortes em decorrência da pandemia, CPI da Covid dá primeiros passos
Clarice Cardoso, do UOL, em São Paulo
Com o país prestes a atingir os 400 mil mortos em decorrência da covid-19 — até a noite de ontem, eram 398.343 — a CPI da Covid definirá hoje as primeiras ações de trabalho em meio a embates sobre permanência do relator Renan Calheiros (MDB-AL). A comissão investigará a atuação do governo Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento da pandemia e o repasse de recursos aos estados.
A previsão é de que o plano de atuação apresentado por Renan, já levando em consideração sugestões de colegas, seja apreciado. Há a possibilidade de que os senadores votem nesta quinta também parte dos requerimentos protocolados, especialmente para a realização de depoimentos.
Está nos planos da CPI ouvir:
- Ministros e ex-ministros do governo Bolsonaro
- Governadores
- Prefeitos
- Diretores de laboratórios e especialistas
Também está previsto a demanda de informações a:
- Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
- Ministério da Saúde
- Polícia Federal,
- Procuradoria-Geral da República
- Tribunais de contas, entre outros
O foco dos senadores, porém, deve ser as ações e eventuais omissões da gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello. Até o momento, o general foi quem por mais tempo ficou no cargo durante a pandemia, não sem deixar de receber duras críticas por atrasos na contratação de vacinas, falta de insumos para pacientes no SUS (Sistema Único de Saúde) e por falas polêmicas.
A CPI deve se reunir toda terça e, possivelmente, quarta ou quinta, de forma semipresencial, e terá duração de 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo período.
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