Saúde gastou menos de um terço do dinheiro previsto para combate à Covid-19

Informação é do ministro interino da pasta, general Eduardo Pazuello, que participou de audiência pública nesta terça sobre as ações contra a doença

Por iG Último Segundo

Erasmo Salomão/MS
General Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde

O Ministério da Saúde gastou menos de um terço do dinheiro previsto para combate à Covid-19 no Brasil. Do total de R$ 39,3 bilhões, somente 10,9 bilhões foram utilizados. A informação é do próprio ministro interino da pasta, general Eduardo Pazuello, que participou de audiência pública da Comissão Mista do Congresso Nacional nesta terça-feira (23) por videoconferência e disse que o ritmo das despesas "está bom".

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Ainda de acordo com Pazuello, desde o início da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou oito medidas provisórias com recursos específicos que seriam destinados para a saúde. Nenhuma dessas medidas, no entanto, teve os recursos integralmente aplicados, segundo o chefe da pasta.

Uma das medidas que não saiu do papel foi a MP 969/2020, que autoriza a liberação de R$ 10 bilhões para estados e municípios enfrentarem a Covid-19. No caso dessa medida, nada do valor previsto foi pago.

"É bom que tenha algum saldo para que a gente possa manobrar. Tirando a MP 969, que ainda está praticamente em elaboração, estamos trabalhando na aquisição de EPIs [equipamentos de proteção individual] e na contratação de leitos. Isso é um processo lento e técnico. Não pode apenas pegar um ofício, carimbar e mandar", disse o general.

Entre as medidas que foram encaminhadas pelo Palácio do Planalto para o enfrentamento da Covid-19 estão MPs que preveem ações como compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), testes, monitores e ventiladores pulmonares, aluguel de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e produção de medicamentos, além de remuneração, contratação temporária de profissionais de saúde e auxílio financeiro emergencial a santas casas e hospitais filantrópicos.

O chefe da pasta justificou o baixo do uso da verba pela dificuldade para aquisição de equipamentos e contratação de UTIs.

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