Dólar abre negociações em forte alta após tombos nos mercados mundiais

Bolsas do mundo inteiro operam em queda, por conta das incertezas em relação ao novo coronavírus, causador do Covid-19

Redação, O Estado de S.Paulo

Depois de ter fechado na sexta-feira, 13, com o maior valor nominal da história (R$ 4,81) - descontada a inflação -, o dólar iniciou as negociações desta segunda-feira, 16, cotado a R$ 4,97, alta superior a 3%, encostando na máxima histórica da moeda americana. 


O maior valor de negociação - também nominal - já registrado no Brasil desde o Plano Real foi de R$ 5,02, na quinta-feira, 12. 

Dólar Foto: Reuters

Os mercados globais estão em clima de tensão nesta segunda. Após o fechamento dos mercados no oriente, a maior queda na Ásia foi na Bolsa de Taiwan, com o índice TWI. Por lá, a baixa foi de 4,06% em relação ao fechamento anterior. A segunda maior foi em Hong Kong, com (-4,03%), seguido de China, (-3,40), Coreia do Sul (-3,19%) e Japão (-2,46%). No continente asiático, o único mercado a fechar em alta, mesmo que de forma muito tímida, foi o da Tailândia, com 0,06%. Na Oceania, a Austrália teve o pior resultado do oriente do mundo, despencando 9,52%. 

Na Europa, o cenário é ainda mais caótico, com recuos próximos da faixa dos 10%. Na sexta-feira, 13, a Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou que o velho continente é o novo epicentro da doença, causada pelo novo coronavírus, iniciada na China, na cidade de Wuhan, província de Hubei. 

Neste momento, há uma ação coordenada dos bancos centrais de todo o mundo para tentar diminuir os impactos da Covid-19. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), o Banco Central Europeu (BCE), o Banco do Canadá, o Banco do Japão e o Banco Nacional da Suíça divulgaram comunicado conjunto sobre a operação, que será feita por meio de um arranjo via programa de swaps. Porém, essa atuação, com estímulos monetários, não está sendo suficiente para impedir o pânico dos mercados.

Para conter o estrago na economia do coronavírus, o Federal Reserve cortou os juros para a faixa de zero a 0,25% na segunda reunião extraordinária em duas semanas. A última vez que os juros tinham caído para esse patamar foi em dezembro de 2008. / LUCIANA XAVIER, SILVANA ROCHA e FELIPE SIQUEIRA

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