SEGUNDA É DIA DE FEIRA DE GADO EM SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE

Uma feira que atravessa o tempo e mantém firme a tradição nordestina


Em meio a muitos cercados encontramos comerciantes de vários tipos de animais. Vacas, bois, bezerros, cavalos, burros, ovelhas, bodes, cabritos, cabras e galinhas são os produtos oferecidos. Uma barraca de comida, outra de pastel, uma moenda de cana completam o cenário. Cama de galinha e capim também são vendidos.


Arreios para todo tipo de animal, vestimentas para o vaqueiro, além de botinas você encontra também na feira. 

A conversa entre os frequentadores da feira, tanto compradores quanto vendedores é a mesma: a falta de chuva. Mesmo assim a esperança é grande e todos "tem fé em Deus que um dia chove" para assim poderem alimentar melhor o rebanho.


Fiscais da ADAGRO emitem as guias de transporte de animais (de graça). O Marcos e o Márcio é quem fazem esse trabalho em Santa Cruz.

"O  movimento está um pouco fraco, dada a situação por falta de chuvas, mas nós estamos aqui no nosso trabalho prestando esclarecimentos aos criadores, emitindo as guias de transporte dos animais. Torcemos para que a chuva chegue aqui em nossa região", falou Marcos.

Márcio também falou ao blog: "Está normal a movimentação mesmo com essa seca que está atingindo a nossa região. Nós da ADAGRO estamos aqui para somar. Nossa maior ênfase é quanto a sanidade dos animais, questão da vacinação, hoje a exigida é contra a febre aftosa  duas vezes por ano. Nós ficamos aqui justamente para fiscalizar isso. Os animais que vem para a feira tem que estar com essa vacinação em dia. Caprinos e ovinos não tem essa obrigação de vacinação, mas tem que estar com autorização para serem comercializados na feira. Para qualquer movimentação feita os animais tem que estar com a GTA (Guia de Transporte Animal). A guia é gratuita, antes pagava-se uma pequena taxa, mas já faz três anos que o governo deu isenção. Damos com a documentação a garantia de que os animais comercializados aqui tem procedência, pois só entra aqui comerciantes cadastrados".

Leninho Ramos falou um pouco das dificuldades que está enfrentando; "A pessoa vem prá feira prá não perder o ritmo, só que parou tudo. Se não chover é como a cantiga da perua, de pior a pior. Os animais estão com fome e sede, Deu uma cochinilha na palma que veio para acabar tudo. Estou dando aos animais o resto da palma, mesmo com doença, bagaço de cana que vou buscar em Palmares e vou esperar para que as portas do céu se abram e caia muita chuva para que a gente saia dessa situação".






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