Otimismo para 2026: 60% dos brasileiros projetam próximo ano melhor para o país, e 69% preveem avanço pessoal

Crença na melhora da própria situação saltou nove pontos percentuais desde o levantamento de 2024

Por O Globo — Rio de Janeiro

25 de Março, em São Paulo — Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Uma pesquisa Datafolha mostra que o brasileiro está mais otimista para 2026: 69% dos entrevistados disseram acreditar que, no próximo ano, sua situação pessoal será melhor que a de 2025, num salto de nove pontos percentuais em relação ao levantamento anterior sobre o tema. A expectativa é maior entre as mulheres, os menos escolarizados, os de menor renda mensal e no Nordeste.
De acordo com o instituto, há um ano, eram 60% aqueles que projetavam uma melhora para 2025, o patamar mais baixo registrado na terceira passagem de Lula (PT) pela Presidência.

Na pesquisa, o Datafolha perguntou a 2.002 pessoas com 16 anos ou mais em pontos de fluxo populacional de 113 municípios do Brasil, entre 2 a 4 de dezembro: "Na sua opinião, 2026 será um ano melhor, igual ou pior a 2025 para você?". Este ano, 16% afirmaram que será igual, e 11%, pior. Outros 3% não souberam responder.

A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança, 95%.

O Datafolha também questionou os entrevistados sobre a expectativa para a situação geral do país. Seis em cada dez deles (60%) apontaram esperar um ano melhor para os brasileiros em 2026 em relação a 2025 — resultado semelhante ao registrado na virada de 2022 para 2023, quando Lula foi eleito. Na sondagem anterior, 47% se disseram otimistas sobre 2025, na comparação com 2024.

A pesquisa mostra que o otimismo sobre a situação pessoal para 2026 se dá principalmente entre as mulheres (74%), quase dez pontos mais que entre os homens (65%). A boa expectativa também é prevalente entre os menos escolarizados — 74% entre os que possuem somente o Ensino Fundamental, e 62% dos que têm Ensino Superior (62%) — e os de menor renda — 72% dos que ganham menos de dois salários mínimos por mês, e 61% entre os que ganham mensalmente mais de dez salários.

Além disso, o instituto aponta que os residentes no Nordeste estão mais otimistas (75%), enquanto o nível mais baixo dessa percepção se encontra no Sul (65%).

Segundo o levantamento, a melhora na situação pessoal é projetada por 78% dos entrevistados que disseram ter votado em Lula no segundo turno em 2022. Já entre os que revelaram voto em Jair Bolsonaro (PL), a proporção cai para 61%.

Os otimistas entre os que desaprovam o governo Lula também são maioria (59%), frente a 19% que preveem uma piora da situação pessoal em 2026. Mas a expectativa de melhora para o próximo ano chega a 79% dos entrevistados que aprovam a gestão petista — neste estrado, apenas 3% disseram que o próximo ano será pior.

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