Bolsonaro discursa em ato no RJ e reafirma narrativa de perseguição

Bolsonaro discursa para apoiadores na Avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio 
Foto: Alexandre Cassiano

O ex-presidente Jair Bolsonaro participou, neste domingo (16/3), de um ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, em defesa da anistia para investigados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023. Durante seu discurso, Bolsonaro afirmou que uma eleição sem sua candidatura representa a negação da democracia no Brasil. Ele também desafiou seus opositores a derrotá-lo nas urnas e afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será isento em 2026, quando terá Kassio Nunes Marques como presidente e André Mendonça como vice, ambos indicados por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar da expectativa de grande mobilização, o público presente ficou muito aquém do esperado, o que demonstra um enfraquecimento da capacidade de mobilização do ex-presidente.

Bolsonaro voltou a atacar o Partido dos Trabalhadores (PT), culpando a legenda pelo atraso econômico do Nordeste, e acusou o governo Lula de criar uma "narrativa de golpe" para mantê-lo inelegível. O ex-presidente também criticou ministros do atual governo, como Carlos Fávaro (Agricultura) e Fernando Haddad (Economia), e fez comparações entre suas gestões e a do presidente Lula.

As críticas mais duras foram dirigidas ao ministro do STF Alexandre de Moraes, a quem Bolsonaro acusou de conduzir inquéritos secretos e perseguir opositores. O ex-presidente mencionou a morte de Clesio Andrade, preso pelos atos de 8 de janeiro, responsabilizando Moraes pelo ocorrido.

Bolsonaro também afirmou que sua luta continua e que não será intimidado. No entanto, analistas avaliam que o ex-presidente está tentando suas últimas cartadas para evitar um possível processo que o leve à prisão, dada a quantidade de investigações que o cercam.

O ato, que pretendia demonstrar força política, acabou revelando um Bolsonaro cada vez mais isolado e pressionado pelos desdobramentos das investigações que envolvem sua gestão e seu papel nos eventos que culminaram na tentativa de ruptura institucional em 2023.

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