O Embate Político em Santa Cruz do Capibaribe: CPI, Emendas Orçamentárias e os Jogos de Poder


A política de Santa Cruz do Capibaribe continua a ser um palco de conflitos, 
intrigas e reviravoltas 

Nesta terça-feira (10), a vereadora Jéssyca Cavalcanti, uma das vozes da bancada de oposição ao prefeito Fábio Aragão, protagonizou um discurso acalorado na Câmara Municipal. Em suas palavras, ela lançou duras críticas aos vereadores Nega e Capilé, ambos da bancada Verde, que também faz oposição ao atual prefeito, devido a seus votos na emenda que propôs limitar o percentual de remanejamento no orçamento de 2024 a 10%. Mais do que isso, Jéssyca insinuou que esses votos contrários podem estar ligados à investigação em curso na CPI, que ela apoia e que apura as ações do vereador Capilé durante sua presidência na Casa José Vieira de Araújo, e a polêmica reforma do plenário.

No centro do discurso de Jéssyca Cavalcanti estava a emenda que propunha limitar o percentual de remanejamento no orçamento de 2024 a 10%. Ela começou seu pronunciamento relembrando a história recente da política local, destacando que o saudoso Fernando Aragão defendia um percentual "razoável" de remanejamento. A vereadora questionou o fato de o atual prefeito, Fábio Aragão, ter enviado uma proposta com 30% de remanejamento para a Câmara Municipal. A crítica de Jéssyca se acentua quando ela se volta para o vereador Capilé, alegando que ele apoiava a ideia de reduzir o percentual para 8% e, no entanto, votou contra a emenda que propunha 10%. Um jogo duplo que levanta questões sérias sobre a consistência de suas posições, segundo ela.

Jéssyca também direciona suas críticas à vereadora Nega, que, em meio às discussões sobre a emenda, optou por se abster de votar. A vereadora deixa claro que a neutralidade política não é tolerada em seus olhos, argumentando que a política exige responsabilidade e comprometimento.

O que torna esse debate ainda mais complexo é a insinuação feita por Jéssyca Cavalcanti de que os votos de Nega e Capilé contra sua emenda podem estar relacionados à investigação em curso na CPI que apura as ações do vereador Capilé quando esteve na presidência da Casa José Vieira de Araujo. A reforma polêmica no plenário e outras possíveis irregularidades estão sob escrutínio. A CPI é vista como um momento crucial para a transparência e a responsabilidade na política local.

O discurso inflamado da vereadora Jéssyca Cavalcanti não apenas critica seus colegas vereadores Nega e Capilé, mas também destaca a complexidade da política local. O debate em torno da emenda orçamentária revela um cenário em que as ações políticas estão intrinsecamente ligadas a investigações em curso, como a CPI que apura as ações do vereador Capilé. Resta saber como essas revelações impactarão a política de Santa Cruz do Capibaribe e se a busca por responsabilidade e transparência prevalecerá em meio aos jogos de poder.

A emenda foi aprovada com 7 votos a favor e 6 contra.

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