Procuradores do DF vão ajudar MPF em investigação sobre bloqueio de rodovias

Frente composta por nove profissionais vão apurar possíveis violações ao Estado de Direito, às instituições democráticas e à ordem social

LP Luana Patriolino

(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Um grupo de nove procuradores da Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) se uniu, nesta quarta-feira (2/11), para auxiliar o Ministério Público Federal (MPF) nas investigações sobre a conduta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) diante dos bloqueios nas estradas por parte dos caminhoneiros bolsonaristas. Eles vão atuar nas áreas criminal, cível e de controle externo da polícia.

“Tem por atribuição auxiliar, a pedido, os membros da Procuradoria da República no Distrito Federal em sua atuação - nas searas cível, criminal e de controle externo da atividade policial - relacionada ao fechamento de rodovias federais no Distrito Federal, no mês de novembro de 2022, e eventuais desdobramentos que culminem na violação do Estado de Direito, das instituições democráticas e da ordem social”, afirmou a frente por meio de nota.

Nesta quarta-feira, o MPF encaminhou à Polícia Federal um pedido de instauração de inquérito para investigar a postura do diretor-geral da Polícia PRF, Silvinei Vasques, na votação do dia 30 de outubro — que definiu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República. O objetivo é verificar as condutas adotadas – ou deixadas de adotar – pelo chefe da corporação.

Segundo a procuradoria, o inquérito encaminhado à PF deve investigar se os bloqueios de veículos realizados pela PRF em várias estradas, principalmente no Nordeste, no dia do pleito, respeitaram a legislação. “Caso positivo, podem ficar caracterizados os crimes de prevaricação e de violência política, previstos nos artigos 319 e 359-P, ambos do Código Penal”, comunicou o órgão.

A investigação requisitada também deve apurar se houve omissão do diretor da PRF em relação aos bloqueios criminosos de rodovias do país desde a divulgação do resultado das eleições. Revoltados com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, caminhoneiros bolsonaristas bloqueiam as estradas e pedem “intervenção federal”.

Se comprovada a conivência da PRF, Vasques poderá ser enquadrado nos crimes de prevaricação (art.319) e participação, por omissão, nos crimes praticados pelos invasores das rodovias (arts. 359-L e 359-M do Código Penal).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Em novo caso de nudez, corredora sai pelada em Porto Alegre

Multinacional portuguesa Politejo vai instalar nova fábrica em Pernambuco

Foragido que fez cirurgia e mudou de identidade é preso comprando casa na praia