Estudo aponta que Pernambuco está com tendência de estabilidade nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag)


De acordo com análise da Fiocruz, Estado está na contramão do cenário nacional, que é de alta

 

Nas próximas três semanas, a tendência é que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em Pernambuco mantenham um nível de estabilidade com oscilação. Já no período de seis semanas, a probabilidade é de queda, ou estabilidade, quando se analisa o Estado por macrorregião. O estudo foi publicado nesta semana no Boletim Infogripe, atualizado semanalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a partir do monitoramento das ocorrências de Srag em todo o Brasil. Segundo o material, Pernambuco figura entre os seis estados em estabilidade/oscilação ou queda para as próximas semanas, enquanto que em todos os demais a expectativa é de moderado ou forte sinal de crescimento em pelo menos uma macrorregião. 


Quando se analisa as capitais, apenas no Recife e em outras duas, a tendência é de estabilidade com oscilação nas próximas três semanas; e de queda moderada no período de seis semanas.  


A tendência também é de estabilidade com oscilação para as próximas três semanas em todas as quatro macrorregiões pernambucanas. Já para as próximas seis, na I Macrorregional, que engloba os municípios da I, II, III e XII Gerências Regionais de Saúde (Geres) - RMR e Zona da Mata - há probabilidade forte de queda; e na IV Macro (VII, VIII e XI Geres, com sede em Salgueiro, Petrolina e Ouricuri, respectivamente), há sinal de queda moderada. Nas II e III Macros - Agreste e parte do Sertão - os dados mostram tendência de estabilidade nas próximas seis semanas.


"Quero destacar que temos trabalhado com o máximo de transparência e adotando os mais rígidos parâmetros científicos em nossas análises sobre o cenário desta doença. E, neste sentido, reforço que a pandemia ainda não acabou. O vírus continua entre nós. Neste momento, só a prevenção nos protege, efetivamente, contra o vírus", pontuou André Longo.


SEMANAS EPIDEMIOLÓGICAS - Durante a coletiva, o secretário André Longo informou que na análise da última Semana Epidemiológica (47), foi registrada uma oscilação de 12% para mais na comparação com a semana passada, mas ainda uma queda de 16,4% nos casos de Srag em comparação à SE 45, o que confirma o cenário de estabilidade com oscilações. 


Quando se verifica a mortalidade por Srag, houve uma queda de 12,4% nas ocorrências quando se compara com a SE 46 e uma situação de estabilidade na comparação de 15 dias.


"Precisamos do senso de responsabilidade de todos, porque o relaxamento nos cuidados, de forma recorrente, poderá trazer um aumento na contaminação, gerar novos casos e propiciar mais mortes. Não é momento de abandonar os cuidados. Ao contrário, é momento de reforçar o distanciamento social, a lavagem permanente das mãos e o uso correto da máscara", finalizou Longo.


LEITOS - Nos próximos dez dias, o Governo de Pernambuco vai reforçar a rede de assistência aos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) com 70 leitos, sendo 20 de UTI e 50 de enfermaria, nos Hospitais de Referência à Covid-19 - unidade Boa Viagem (dez de UTI e dez de enfermaria); e outras 50 na unidade Olinda (40 de enfermaria e dez de Terapia Intensiva). No momento, as gestões desses equipamentos estão organizando os espaços, montando maquinário e convocando as equipes multiprofissionais. 


"Em relação à ocupação das vagas dedicadas aos pacientes com suspeita para a doença, ontem e hoje, a taxa das UTIs atingiu 80% de ocupação. Isto foi motivado pela retirada do sistema de regulação dos leitos do Hospital de Campanha de Petrolina. Mas, como já tinha dito em outros momentos, o nosso Plano de Contingência prevê o desbloqueio e reconversão de leitos, caso o percentual de 80% seja alcançado de forma sustentada. Assim, o Governo de Pernambuco disponibilizará, até a próxima semana, mais 20 vagas de UTI adulto, sendo 10 no Antigo Alfa e outras dez na Maternidade Brites de Albuquerque, em Olinda, além disso também teremos 50 novos leitos de enfermaria nessas mesmas unidades", afirmou o secretário estadual de Saúde, André Longo, durante a coletiva de imprensa on-line desta quinta (26/11). 


O gestor ainda informou que o Governo de Pernambuco está monitorando a situação no Sertão do Estado. "Especificamente em Petrolina, estamos avaliando o cenário e, caso necessário, iremos abrir leitos para garantir o atendimento na região", ressaltou.

 

Nas últimas semanas, Pernambuco já tinha feito o desbloqueio de 107 leitos, sendo 50 de UTI e 57 de enfermaria, nos hospitais Maria Vitória, no bairro de Areias; Evangélico, na Torre; e no Antigo Alfa, em Boa Viagem, todos no Recife. É preciso lembrar que, ao longo dos últimos meses, com a redução da demanda e para evitar a ociosidade nas vagas da rede pública, mais de 1,5 mil leitos foram bloqueados em Pernambuco. Essas adequações foram feitas respeitando um nível de segurança e preservando a assistência integral à saúde da população pernambucana.


VACINAÇÃO - Pernambuco bateu, nesta quinta, a meta mínima de 95% de crianças vacinadas na campanha de vacinação contra a poliomielite. Com isso, é o segundo Estado no País a atingir o feito, se mantendo acima da média nacional, de 67%. Ao todo, foram 522.125 meninos e meninas, entre 1 ano e menores de 5 anos, imunizados, de um total de 549.369. A campanha segue até esta sexta (27/11), oportunidade para os pais e responsáveis levarem as 27,2 mil que faltam a uma sala de vacina para receber essa proteção extra. 


"Quero agradecer o empenho dos profissionais de saúde dos municípios, do Programa Estadual de Imunização, dos pais e também dos responsáveis. Para as crianças que ainda não tomaram a dose extra contra a pólio, lembro que a campanha segue até amanhã em todo o Estado e ainda há tempo de evitar que o vírus da poliomielite volte a circular entre nós.  Vacinar é uma demonstração de amor e um compromisso com a saúde e com o futuro de nossas crianças", disse o secretário.


FotosAshlley Melo

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