Danilo contesta nota de Lucas Ramos sobre aliança entre PT e PSB

Por: Daniel Leite
Blog da Folha

Danilo Cabral é deputado federal pelo PSB-PE
Foto: Mandy Oliver/Folha de Pernambuco

Após o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) criticar a provável aliança entre PSB e PT, na eleição deste ano, o deputado federal Danilo Cabral (PSB) afirmou que, neste momento, a legenda deve traçar sua tática eleitoral a partir do que é “possível”. Na sua visão, o partido “nunca foi de construir política com base no ‘hegemonismo’ de ser só ele”.

A posição de Danilo, externada em entrevista à Rádio Folha, nesta quinta (15), foi provocada pela nota, divulgada por Lucas Ramos, no último dia 10. Nela, o deputado estadual colocou que “cada uma dessas legendas deve se fortalecer disputando o primeiro turno com candidaturas majoritárias e proporcionais próprias".

“Erram, PSB e PT, quando queimam essa etapa com uma candidatura única entre os dois e ganham os partidos de centro-direita com esse erro tático dos de centro-esquerda. No segundo turno sim, um precisará do outro para juntos serem protagonistas de um modelo de governo que o Brasil precisa”, acrescentou o socialista, no texto.

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Apesar de dizer que Lucas “é sem dúvida uma figura ascendente dentro do partido”, Danilo destacou que “historicamente o PSB sempre foi um partido de construir frentes políticas”. “A tradição do partido sempre foi essa, isso desde o começo, na década de cinquenta, com Pelópidas, Arraes e depois com Eduardo. Então o PSB nunca foi um partido de construir política com base no ‘hegemonismo’, de ser só ele”, ressaltou.

Para o deputado federal, “uma coisa é ter convergência na estratégia, outra coisa é saber como isso vai se desdobrar do ponto de vista objetivo, no processo eleitoral”. “O que nos une é o movimento na política, agora vamos ver se no eleitoral é possível ou não. Cada partido tem suas conveniências, do ponto de vista da tática eleitoral”, disse.

João Paulo

Questionado sobre a possível indicação do ex-prefeito do Recife, João Paulo, para a vaga de senador pela Frente Popular, Danilo Cabral elogiou o petista, mas disse que “ainda não é hora de definir nomes”. Mesmo assim, deixou claro que, “no primeiro momento, a gente tem que pensar em uma coisa conjunta". "Estamos vivendo hoje no Brasil a maior crise de história. Está muito claro que vamos ter um enfrentamento entre os que vão ser contra Temer e, do outro lado, os que são a favor", destacou.

"Esse é um eixo que ninguém pode negar, que estará presente na disputa eleitoral. Então vamos estar aqui na turma contra Temer. Esse vai ser nosso time aqui. Temos falado e praticado isso. Do outro lado tem os que estão com Temer, como o ministro Fernando filho, que quer vender a Chesf, Mendonça Filho e Fernando Bezerra, que é líder do governo no Senado”, finalizou.

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