Líder do PT confirma nome de Marília Arraes em 2018 e diz que Fernando Filho não tem chance
Amanda Miranda
Do Blog de Jamildo
Apesar dos gestos que tem feito, o PT local não confirma (e também não nega) a candidatura da vereadora do Recife Marília Arraes ao Governo de Pernambuco em 2018. Mas, entre os políticos nacionais, o nome dela já está consolidado.
O líder do partido no Senado, Lindbergh Farias (RJ), confirmou neste sábado (26), em visita a Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, que a parlamentar deve rodar o Estado para construir a candidatura. “O PT está aqui com uma candidatura, é Marília Arraes, e nós vamos estar construindo. O importante para a gente agora é crescer essa candidatura”, afirmou o senador.
O parlamentar, que é paraibano embora tenha sido eleito pelo Rio de Janeiro, minimizou as conversas que o ex-presidente Lula teve em passagem pelo Recife com o senador Armando Monteiro (PTB), apoiado pelo PT em 2014, e com o governador Paulo Câmara (PSB).
“As alianças eleitorais vão se fechar lá na frente. O importante é o PT crescer e construir uma chapa de deputados e o nome de Marília contribui para isso”, defendeu.
O PT saiu com o PTB depois que o ex-governador Eduardo Campos, padrinho político de Paulo Câmara e primo de Marília Arraes, decidiu romper com os petistas para se lançar candidato. Em 2014, o PSB tinha Marina Silva na disputa (depois da morte de Eduardo) e no segundo turno apoiou Aécio Neves (PSDB), após uma campanha de críticas a Dilma Rousseff (PT).
Mais cedo, Marília Arraes se encontrou com Lula no hotel onde ele se hospedou, na Zona Sul da cidade, para conversar sobre o cenário eleitoral para 2018. A vereadora também foi a São Paulo se encontrar com o ex-presidente em julho, uma semana antes de ser uma das protagonistas da propaganda partidária do PT local criticando o governo Paulo Câmara.
No evento em Brasília Teimosa, Marília afirmou que os apoios de Armando e Paulo Câmara seriam “bem-vindos”, mas não recíprocos, e que o PT teria candidatura própria.
A vereadora trocou o PSB pelo PT no início do ano passado, com ficha abonada por Lula, após dois anos de desgaste com os socialistas. A vereadora era contra o rompimento de Eduardo Campos com o governo Dilma Rousseff, para se candidatar à presidência. Em 2014, também brigou com o primo por causa da nomeação do filho dele João Campos – hoje chefe de gabinete de Paulo Câmara – à Juventude do PSB.
Fernando Filho
Lindbergh ainda criticou as privatizações do governo Michel Temer (PMDB) e atribuiu papel relevante no processo ao ministro de Minas e Energia, o pernambucano Fernando Filho, que pode ser candidato a governador no ano que vem. “Sinceramente, eu não sou especialista em política pernambucana, mas ele não tem a menor chance. Tem que ser uma pessoa que fale com o povo.”
Comentários
Postar um comentário